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Cotidiano

Outono é sempre igual? Estação será marcada por calor intenso e poucas chuvas em Mato Grosso do Sul

O outono faz a transição do verão para o inverno, caracterizado por temperaturas amenas e pela troca de folhas das árvores
Lethycia Anjos -
Outono
Florada do ipê-rosa acontece entre maio e junho (Foto: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Marcado por temperaturas amenas, a chegada do Outono será de seca e altas temperaturas em . Nos primeiros dias da estação, que inicia nesta quarta-feira (20), às 00h06 (horário de Brasília), parte do Estado sentirá temperaturas máximas elevadas como se a atmosfera formasse ‘bolhas de calor’ pelo centro-sul do Brasil, o que deve seguir até abril.

O prognóstico da estação indica que em 2024 o frio das manhãs e as massas de ar polar da estação devem demorar um pouco para chegar e a influência do El Niño manterá atmosfera aquecida. O calor e a umidade continuam com as máximas acima dos 30 graus e umidade relativa acima de 65%.

As informações foram divulgadas pelo prognóstico elaborado pelo centro de estatística da , com dados do ECMWF (Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo). A estação segue até 21 de junho às 17h51.

Outono é sempre igual?

O outono é marcado pela transição do verão para o inverno e é caracterizada por temperaturas mais amenas e pela troca de folhas das árvores sazonais, que começam a se preparar para a chegada da estação mais fria do ano, o Inverno. No entanto, a estação pode variar devido aos fenômenos climáticos.

A chegada dessa estação também marca o Equinócio de outono, quando o tempo de dia é o mesmo tempo de noite, e conforme os meses passam, os dias ficam mais curtos.

Neste ano, as noites terão as mesmas doze horas de duração nos dias 19 e 20 de março. No entanto, no final do Outono, nos dias 21 e 22 de junho, as noites serão as mais longas e os dias mais curtos.

Calor intenso

Após um verão de altas temperaturas e ondas de calor, Mato Grosso do Sul ainda passará por dias de ‘calorão’ durante o Outono. A previsão é de altas temperaturas e poucas ondas de frio até os meses de maio e junho, quando as massas de ar que chegarem ao Estado serão de média intensidade.

Conforme o prognóstico, as temperaturas devem oscilar em todas as regiões em função das mudanças de temperatura no Oceano Pacífico (El Niño, depois neutralidade, depois volta de La Niña) com reflexos na América do Sul pelo enfraquecimento de El Niño entrando em neutralidade em abril.

Segundo o meteorologista, Natalio Abrahao, em dias normais as temperaturas apresentaram grande amplitude térmica (diferença entre a máxima e a mínima diária) com valores acima dos 30 graus durante a tarde e abaixo de 20 graus nas manhãs.

De acordo com o modelo ensemble do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), a previsão para a temperatura do ar indica que, no trimestre de abril, maio e junho, ficará 70-100% acima do que é esperado, ou seja, um trimestre bem mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul, com temperaturas acima da média histórica.

Poucas chuvas e longa estiagem

Diferente do habitual, o Outono será marcado por poucas chuvas e longos períodos de estiagem. Os modelos meteorológicos indicam fortalecimento de bloqueios atmosféricos associados a alta pressão no Paraguai e Bolívia, que reduzem a formação de nuvens, gerando seca.

Em consequência, a falta de chuva induz ao baixo teor de água no solo, provocando estiagens que devem ser significativas neste outono. A previsão indica que Mato Grosso do Sul pode ultrapassar o processo de forte estiagem com 30 a 40 dias sem chuvas.

A longa estiagem deve ocorrer a partir do final de março, seguindo até o final da estação. Sendo mais intensa em abril e maio, intercalada com um a dois dias de chuvas fracas e isoladas.

  • Março – Entre , , Ponta Porã, Ivinhema e Mundo Novo não se espera chuvas nos últimos dias. Entre Jaraguari e Sonora, muito abaixo do esperado. Três Lagoas, Ivinhema, Bataguassu e Naviraí devem ficar sem chuva e oeste do Estado também.
  • Abril – Em todo o Estado deve faltar chuva e um processo de estiagem ganha força associado a umidade baixa.
  • Maio – Em todo o Estado, as chuvas devem ficar muito abaixo das médias. Na região norte e nordeste, devem ficar dentro das médias.
  • Junho – Será um mês próximo a totalmente seco, a umidade relativa do ar deve oscilar em valores abaixo de 60% com alguns momentos de nevoeiros e até chuviscos na madrugada no sul e sudoeste do Estado.

Conforme a previsão do , os índices de precipitação acumulada, para o próximo trimestre, indicam que as chuvas ficarão 40-60% abaixo da média histórica no Estado.

Os acumulados nos três meses podem ser próximos a 90mm entre Dourados, Ponta Porã e Amambai. As chuvas devem ficar abaixo da média histórica nas regiões do Centro-Sul, exceto no mês de junho que pode apresentar valores próximos da média entre Ivinhema, Bataguassu e Santa Rita do Pardo.

Prepare os casacos

Para os sul-mato-grossenses que aguardam ansiosamente pelo frio, há probabilidade de queda nas temperaturas em maio e frio forte em junho, com pequena chance de geadas para o final da estação, quando as temperaturas decrescem abaixo dos cinco graus em locais mais baixos.

Nas regiões norte e nordeste de MS, as temperaturas ficam elevadas até meados de maio. Já nas regiões central e sul, as temperaturas podem ficar abaixo dos 20 graus, chegando a 18 graus, devido ao fortalecimento do centro de alta pressão no Paraguai.

Em 2024, a frequência de nevoeiros será baixa, e deve ocorrer sempre que a manhã for fria e a umidade alta decorrentes das inversões térmicas.

El Niño e La Niña

Iniciado sob efeito do El Niño, o outono caminha para neutralidade e deve terminar sob atuação do La Niña. A condição atual é de El Niño persistindo desde o final do ano passado, uma vez que as temperaturas das águas do Oceano Pacífico tropical central e oriental continuam mais quentes que a média.

O modelo climático do ECMWF (Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo) prevê águas mornas no Oceano Pacífico equatorial até o mês de abril. Essas condições indicam a presença de um evento de curta neutralidade nos próximos dois meses, começando em abril e seguindo até junho.

El Niño consiste em um fenômeno que representa o aquecimento anormal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico equatorial. Em 2023, o El Niño provocou condições climáticas extremas em MS, com temperatura mínima de 1ºC, e calorão que elevou os termômetros aos 43ºC.

Oposto ao El Niño, o La Niña é um fenômeno natural que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical central e oriental.

No Brasil, o La Niña tende a criar condições de seca na região Sul, enquanto traz chuvas em excesso para outras áreas, como o litoral do Nordeste e a Amazônia. No Centro-Oeste, o La Ninã atua de forma despadronizada, mas, no geral, são verificadas anomalias em termos de precipitação e temperatura.

A chegada do fenômeno acende alerta, já que pode gerar novos período de estiagem no Pantanal. A atual situação do bioma é preocupante, uma vez que os rios importantes da bacia do Paraguai estão abaixo do esperado para esta época do ano.

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