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Cotidiano

Onze anos após adquirir antigo Cine Campo Grande, Sesc-MS ainda não iniciou reforma

CGU indica que o Sesc-MS adote providências para agilizar a conclusão do projeto
Priscilla Peres -
Espaço terá teatro multiconfiguracional. (Foto: Divulgação Sesc MS)

Há 11 anos, o Sesc-MS (Serviço Social do Comércio em Mato Grosso do Sul) adquiria o prédio onde funcionou o Cine , na Rua 15 de novembro. Desde 2013, a promessa é de inaugurar um centro cultural na região central de Campo Grande. Contudo, o equipamento que iria garantir acesso à cultura para a população está longe de se tornar realidade.

Relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) sobre a gestão 2024 no Sesc-MS relacionou o prédio como ocioso. Sem destinação para as atividades-fim, o prédio está fechado há mais de 10 anos.

“Somente foi adicionado à fachada do imóvel tapume e concertinas, guarnecendo e vedando o acesso ao seu interior”, diz o relatório.

Em reportagem do Jornal Midiamax de setembro de 2022, o Sesc-MS informou que o projeto estava pronto e em fase de aprovação nos órgãos legais. Na época, estimou prazo de 18 meses de obras e previsão de abrir ao público em 2024.

Porém, passados quase dois anos, as obras ainda nem começaram. À CGU, o Sesc-MS disse que a previsão de início das obras é no segundo semestre de 2024. “Mesmo com o tempo decorrido, o prédio foi mantido em segurança, com instalação de concertinas, tapumes e vistorias semanais pela equipe de Facilities”, justificou.

Como recomendação, a CGU indica que o Sesc-MS adote providências visando agilizar a conclusão do projeto, cessando com a maior brevidade possível a situação de ociosidade do imóvel.

Em retorno ao Jornal Midiamax, o Sesc-MS reiterou que os projetos de engenharia e arquitetura do imóvel na Rua 15 de Novembro, adquirido em 2013, estão finalizados e que as obras começam ainda no final de 2024.

Sesc-MS fecha unidade cultural e restringe ações aos shoppings

Após cinco anos de sua inauguração, o Sesc Cultura encerrou as atividades no prédio centenário Mello e Cáceres na Avenida Afonso Pena. A decisão foi definida após o término da reforma e reinauguração do Sesc Teatro Prosa.

Com o fim do Sesc Cultura na principal avenida de Campo Grande, o Sesc-MS tem restringido suas ações aos shoppings de Campo Grande. A promessa era de migrar ações culturais para o Teatro Prosa, o que ainda não ocorreu.

Nas redes sociais do Sesc-MS, não constam eventos acontecendo no Teatro Prosa. Com atividades apenas nos shoppings, o Sesc-MS deixa de cumprir sua missão de promover ações culturais gratuitas e de fácil acesso à população de Campo Grande.

Rombo de R$ 7 milhões

Relatório de auditoria feita pela CGU aponta que o Sesc-MS aumentou em 46% suas despesas operacionais – gastos para manutenção das operações da entidade – em 2022. Com isso, a entidade sem fins lucrativos passou de saldo positivo de R$ 5,5 milhões em 2021 para um rombo de R$ 7,1 milhões no ano seguinte.

Conforme o resultado operacional do Sesc, as despesas operacionais em 2021 foram de R$ 55,4 milhões, enquanto no ano seguinte saltou para R$ 81,9 milhões. A CGU aponta, ainda, que o déficit foi amenizado por ajuda de custo repassada pelo Departamento Nacional da entidade.

Apesar do rombo, a CGU identificou que o Sesc possui R$ 69,6 milhões em aplicações financeiras. Dessa forma, o relatório aponta que “o SESC/MS possui ampla margem para possibilitar, após estudo de viabilidade, a ampliação dos investimentos no programa de gratuidade em benefício da sociedade de um modo geral, visto que no período analisado os investimentos em gratuidade representaram em média, pouco mais de 12% do montante existente em aplicações financeiras“.

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