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Cotidiano

Novo medo desbloqueado: Após caso de feto mumificado, quais os sinais da gravidez oculta?

Idosa de Aral Moreira tinha medo de médico e evitava ir ao hospital
Fábio Oruê -
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Idosa de Aral Moreira conviveu cinco décadas com o feto mumificado em seu corpo (Foto: Arquivo Pessoal)

O caso da idosa que descobriu um feto calcificado em um assentamento de Aral Moreira (MS) ‘desbloqueou’ novo medo em mulheres: estar convivendo com um feto calcificado dentro do corpo e não saber.

O caso da idosa é popularmente conhecido como “bebê de pedra” ou litopedia. A ocorrência é muito rara e atinge menos de 1% das grávidas. Mesmo assim, foi o suficiente para alugar “aquele triplex” na cabeça de mulheres.

“Novo medo desbloqueado com sucesso. Já vi gente que gerou bebê na costela, é surreal também”, traz uma das postagens populares no Facebook.

O caso viralizou em todo o país. Daniela Almeida Vera passou 56 anos com o feto na barriga e só descobriu após procurar ajuda médica por conta de uma queda sofrida. Ela não costumava frequentar médicos, mas sua intuição dizia que havia algo estranho dentro dela. A mulher já havia relatado para a família que achava que tinha um tumor, que ‘se mexia como um bebê’.

Também viralizou nos últimos anos casos em que mulheres só descobrem a gravidez quando estão em trabalho de parto. No caso, elas não percebem nenhuma alteração corporal. A ‘mamães’ relatam que sentiam dores, procuraram o hospital e saíam com um bebê nos braços. Esses casos são conhecidos como ‘gravidez silenciosa’.

Como identificar uma gravidez oculta?

Conforme o Portal Vitat, artigos que falam sobre o assunto relatam que a litopedia pode causar obstrução intestinal. Entretanto, algumas pacientes podem ficar assintomáticas por décadas, até que o feto comece a causar problemas.

O feto é fruto de uma gravidez ectópica atípica, cujo bebê morre e o organismo o calcifica. Então, a mulher pode demorar anos para descobrir a situação, como foi o caso de Daniela, a não ser que faça consultas de rotina com frequência.

Filha de coração de Daniela, Roseli Ávalo, 21 anos, contou ao Jornal Midiamax detalhes da relação com a mãe que evitava ir ao médico e dizia ter medo de hospital.

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Idosa conviveu com o feto por mais de 50 anos (Arquivo Pessoal)

Aos 81 anos, a idosa teve três quedas recentes devido às condições do local, que enche de lama quando chove. As quedas podem ter desencadeado um processo infeccioso no corpo da mulher indígena.

Os médicos acreditam que a situação pode ter se originado em uma gravidez atópica quando o óvulo fertilizado é implantado fora do útero, que evolui para morte fetal e calcificação.

“Ela falava que sentia algo estranho dentro dela, que chamava de tumor. Ela chegou a falar que se mexia igual a um bebê, mas orientamos ela para ir ao médico e ela tinha medo. Só procurou atendimento médico quando começou a passar mal”, conta a filha que, junto dos 6 irmãos, decidiu falar sobre o assunto para servir de alerta à população.

Idosa morreu após cirurgia para retirada do feto

Daniela procurou atendimento médico em na semana passada, com quadro de AVC. Devido à gravidade, foi transferida para o Hospital Regional de , onde deu entrada na quinta-feira (14) no hospital, foi operada na sexta-feira (15) para retirada do feto do útero e morreu no sábado (16).

A partir da infecção constatada, equipe médica da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) decidiu pela realização cirúrgica de emergência, para remover o feto e controlar o processo infeccioso. A cirurgia foi adotada como medida para tentar impedir o óbito da paciente, que não resistiu devido à situação em que se encontrava.

Daniela foi enterrada no cemitério de Aral Moreira e agora a família pede ajuda para construir um túmulo para a mãe. “Nós queremos também ajuda para construir a casinha do cemitério, se tiver voluntários para ajudar nós ficaremos muito grato. Nós não temos condições, por isso estamos pedindo ajuda se puder”, disse a filha.

Caso raríssimo será estudado

A família da idosa não sabe afirmar quanto tempo o feto ficou no útero da indígena, mas estima-se em torno de cinco décadas devido à idade dela. Em Ponta Porã, a idosa ficou internada na UTI do Hospital Regional, onde exames de imagens identificaram o quadro grave.

O caso raríssimo foi identificado pela equipe médica do Hospital Regional de Ponta Porã e deve ser tema de um artigo científico. De acordo com o hospital, a equipe médica se interessou em estudar o caso.

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