No Dia Mundial da Atividade Física confira os benefícios de exercícios regulares e indicados por profissionais

Redução do estresse, da ansiedade, melhoria da qualidade do sono e melhor condicionamento físico. Esses são alguns dos benefícios para quem pratica atividades físicas regulares. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que um adulto deve fazer de duas horas e meia a cinco de atividades físicas moderadas por semana e ainda ressalta: qualquer atividade é melhor que nenhuma e para quem está sedentário, uma caminhada já ajuda e pode até evoluir para corrida, desde que não haja nenhum impedimento, ou contraindicação para o iniciante.

É pensando nos benefícios e na necessidade de fazer com que as pessoas se movam e desfrutem de uma vida mais saudável que o profissional de educação física, Fábio Alves, decidiu ainda na pandemia do coronavírus, iniciar uma assessoria de treinos voltados para corredores, fossem eles atletas, ou amadores que queriam apenas dar o primeiro passado contra o sedentarismo.

“A atividade física é importante não só para o corpo, mas também para a parte mental, por isso, criei a Turma do Longo na pandemia, quando todo mundo estava em casa, entrando em depressão e iniciando quadro de outras doenças porque as pessoas ficavam em casa, sem nenhum social. Criamos esse grupo para atividades físicas porque isso era permitido já que as academias estavam fechando, então iniciamos o grupo porque é em lugares abertos e a gente sempre manteve controle e isso foi muito importante e fez diferença na vida de muitas pessoas”, explica.

O profissional também explica que é importante começar aos poucos. No caso da corrida, por exemplo, a indicação é iniciar com caminhadas mais leves. “Quem tem vontade de iniciar precisa começar com uma caminhada orientada, de uns 30 minutos e é importante ter um profissional ao lado fazendo o acompanhamento, corrigindo postura para que não tenha uma lesão”, ressalta.

Atividade física e mudança de vida

Motivada pela vontade de emagrecer, a servidora pública, Eliane Gomes Cruz, de 37 anos, começou a correr há nove anos e garante que conseguiu muito mais benefícios que o desejado. Além da perda de peso e melhor condicionamento físico, a atleta sentiu mudanças comportamentais e emocionais.

“A partir de seis meses comecei a ver resultado no meu corpo e na minha mente. Comecei a me achar bonita de corpo, a perder a inibição de andar de top. Toda uma segurança veio com a corrida, que também me trouxe muita disciplina e me mostrou que posso fazer qualquer coisa. Foi durante a corrida que eu abri meu primeiro empreendimento, é com essa atividade que me emociono e fico feliz porque me trouxe energia e disposição que eu não conhecia aos 20 anos. A corrida começou de uma forma simples, singela e mudou toda a minha vida”, garante.

Cobrado pelo cardiologista e pelos filhos, aos 64 anos, o advogado Antonio Carlos Ferreira, percebeu a necessidade de ter uma vida mais saudável, então, decidiu mudar os hábitos e iniciar atividades físicas regulares sob orientação médica e com acompanhamento de um personal trainer. Um ano depois, ele assegura que os resultados são significativos.

“Fui cobrado pelo cardiologista, pelos meus filhos e por tudo o que falam sobre a necessidade de exercício físico. Comecei aos 64 anos motivado pela necessidade de melhorar minha qualidade de vida e percebo que os benefícios são fantásticos. Sinto melhoras na minha disposição, mobilidade e na musculatura, que é muito mais difícil adquirir ou manter na minha idade. Adotei a prática de atividade física pelo meu bem-estar e pela minha saúde e tenho isso como compromisso, não falto”.

Acompanhamento com profissional é fundamental

Profissional de educação física há 20 anos, ao longo dos anos Joni Guimarães atendeu ao menos 10 mil alunos. Pelo tempo de experiência, ele destaca que embora seja necessário se movimentar e sair do sedentarismo, é imprescindível que haja avaliação e acompanhamento especializado em qualquer prática de atividade física.

“A recomendação é que sempre procure um profissional de educação física. Cada pessoa vai passar por uma avaliação física, que inclusive é lei que as academias façam esse procedimento. Após isso, o profissional vai indicar o melhor exercício porque às vezes indica uma atividade que não é possível e vai ter que mudar, de acordo com o protocolo dele, o que é possível e melhor para cada pessoa conforme idade, biotipo, patologias, hábitos de vida e nível de sedentarismo de cada novo aluno”, pontua.

Com a facilidade da internet e a correria do dia a dia muita gente adota os treinos disponibilizados em videoaulas, Guimarães observa que apesar dessas aulas serem realizadas por profissionais da área, é importante que antes de começar a rotina de exercício físico, a pessoa passe por um atendimento personalizado, que será indicado conforme a necessidade e condições físicas de cada um.

“O risco é total da pessoa. Aquele vídeo que ela está assistindo, às vezes, foi prescrito por um profissional de educação física, mas a pergunta é: para quem aquele treino foi feito? Qual o objetivo do treino? Colocam de maneira genérica que é para perder gordura, mas todo mundo perde gordura de maneira igual? Não. Todo mundo tem o mesmo metabolismo? Não. Tem gente que pode fazer algum determinado exercício e não pode fazer outro. Seguir um treino que não se sabe para quem foi feito é arriscado”, reforça.

Como saber se o treinador é um profissional habilitado?

Joni Guimarães também alerta que é importante se certificar de que o treinador, ou personal trainer, é um profissional de educação física. “Isso é importante para saber se a pessoa terá o acompanhamento adequado e especializado”, esclarece.

Em caso de dúvidas, a pesquisa pode ser feita de maneira rápida pelo site do CREF (Conselho Regional de Educação Física). Caso seja constatado que a pessoa que se apresenta como treinador, personal trainer, ou profissional de educação física não é de fato habilitado, a denúncia deve e pode ser feita pelo telefone: (67) 99987-8366.