Nas férias em Emeis, avós viram babás e procura por cuidadores cai em Campo Grande

Para muitos pais ou responsáveis, deixar as crianças com parentes é a solução

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Estudantes entram de férias no dia 17 (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Criança no colo ou segurando pela mão, com a mochilinha colorida e a correria de todas as manhãs, é rotina para pais e responsáveis que deixam os alunos nas Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil). No próximo dia 17, com a chegada do recesso escolar, a preocupação será outra: as crianças ficam com babás?

O Jornal Midiamax acompanhou alguns pais durante a manhã desta segunda-feira (8), ao deixar os pequenos na escola. Para muitos, a principal alternativa será a rede de apoio da família, ou seja, as avós, primos ou tios.

É o que relata a funcionária pública Andreia Aparecida Barros de Oliveira. Sua filha, de apenas dois anos e sete meses, ficará com a avó ou a tia durante o recesso. “Elas me ajudam bastante nesses períodos de férias”.

Maykon Matheus pega o ônibus todos os dias, desce próximo à Emei e segue a pé para o trabalho. Portanto, com as férias do filho de três anos, a “pressa” deve amenizar. “Moramos perto da avó”.

Outra mãe, que preferiu não se identificar, diz que o apoio da família será essencial. Sua filha de três anos deverá ficar sob os cuidados dos mais próximos. “Ainda assim, nesse período de férias, também teremos mais tempo para brincar; vou levá-la ao parque”.

Josimeire da Silva, empresária, terá sua filha de quatro anos a acompanhando na rotina de trabalho. “Passaremos mais tempo juntas. Ela está há dois anos nesta creche”.

Sem querer se identificar, um pai mencionou que o filho deverá ficar com uma cuidadora. “Temos uma babá de confiança que já cuidava dele quando era mais novo”.

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Andreia terá que deixar a filha com a avó (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Redução na procura por babás

Em grupos especializados para encontrar babás, diversos anúncios de procura e disponibilidade de serviços indicam que as férias escolares têm impacto significativo.

Vitória Gabriela Pereira, moradora do bairro Pioneiros, acumula 10 anos de experiência como babá, entretanto, observa uma diminuição na procura por seus serviços durante o recesso escolar, pois muitas crianças acabam viajando ou ficando com parentes.

“A procura diminui. O pior mês para mim é nas férias. Cuido das crianças em casa. Comecei como babá aos 13 anos. Minha primeira experiência foi com uma criança de três anos que morava no bairro Rita Vieira. Depois, cuidei de gêmeos que moravam perto da minha casa”.

Contudo, em média, Vitória cobra entre R$ 400 e R$ 450 para os cuidados de segunda a sábado. Pode haver desconto se as crianças forem irmãs. “Tive outros empregos registrados em outras áreas, mas optei por voltar a trabalhar como babá porque amo crianças e também porque posso estar junto do meu filho, que vai completar sete anos”.

Vitória atende crianças a partir de três anos. Sendo assim, ela ainda tem vagas disponíveis para o período. O telefone para contato é 67 9304-5513.

(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Carolina Martins, geralmente, cuida de até cinco crianças durante o recesso escolar. O valor, em média, é de R$ 400 por criança. Assim, ela mora no bairro Vilas Boas e a maior parte dos estudantes também são da região.

“Cuido de crianças há seis anos em casa, até mesmo na residência da família quando precisam, que pode ser de um dia ou algumas horas. Nas férias, das cinco crianças que cuido, três costumam viajar e isso abre vagas. Os pais também preferem levar para a família, assim, a criança aproveita mais as férias com o contato na própria casa”, descreve.

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