Esta foi a madrugada mais fria do ano em Mato Grosso do Sul até agora. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a capital registrou sensação térmica de 1,7 °C à meia-noite. Neste horário, uma equipe do Seas (Serviço Especializado em Abordagem Social) saía pela cidade, abordando pessoas em situação de rua, oferecendo atendimento, acolhimento em um abrigo e cobertores. Das 8 abordagens feitas, todas foram recusadas.
Os únicos encaminhamentos para acolhimento realizados nas horas que antecederam o frio intenso em Campo Grande foram das 18h à meia-noite. Segundo a tabela disponibilizada pela Seas, neste período foram feitas 9 abordagens que resultaram em 4 encaminhamentos.
Nas abordagens também são oferecidos alguns benefícios, entre eles, cobertores. A tabela, no entanto, aponta que das 17 abordagens realizadas entre as 18h e 5h, apenas 4 pessoas aceitaram.
Do dia 20 de maio até agora, 200 abordagens foram realizadas, 85 pessoas recusaram acolhimento, enquanto 68 aceitaram. Por fim, 62 cobertores foram distribuídos.
Acolhimento reflete nas ruas de Campo Grande
A equipe do Jornal Midiamax percorreu alguns locais normalmente frequentados por moradores em situação de rua em Campo Grande e a redução de pessoas nas calçadas já é significativa.
Nas ruas Vasconcelos Fernandes e Joaquim Nabuco, que passam na lateral da antiga Rodoviária, por exemplo, não foi encontrado nenhum morador. A movimentação era apenas de pedestres de passagem pelo local.
A reportagem também passou pela Praça Júlio Lugo, no bairro São Francisco, outro ponto da cidade muito frequentado por pessoas em situação de rua, mas ninguém foi encontrado.
Por fim, próximo à Praça Cuiabá, no bairro Amambaí, havia movimentação. Muitas pessoas estavam dormindo com cobertores na calçada, descalços, com abrigos improvisados ou então com poucos agasalhos. Apesar disso, o fluxo visto também não condiz com o número habitual.
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