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Cotidiano

Na despedida, avó de menino morto espancado pede justiça e diz que vai lutar pela guarda da irmã

Mãe e padrasto da criança estão presos suspeitos do crime de agressão contra a criança
Priscilla Peres, Monique Faria -
(Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

O corpo de Jhemerson de Jesus Belmonte, de 2 anos, foi enterrado na tarde desta terça-feira (13), no Cemitério da Paz, em . Ele passou 20 dias em coma na , após ter sido agredido pela e o padrasto. Os dois estão presos suspeitos do crime.

Muito abalada, a avó materna do menino, Maria Aparecida, é a familiar mais próxima presente na despedida, já que a mãe está presa, o pai e a irmã em um abrigo. Foi ela quem organizou a cerimônia fúnebre para a criança, que só foi possível após receber doação de R$ 2,5 mil para custear as despesas.

“Fiz o que pude para dar um velório para ele, mas agora quero justiça. Como vó, não me conformo com isso, foi um pedaço de mim embora e agora quero muito conseguir a guarda da irmã dele”, afirma Maria Aparecida.

A menina de 4 anos foi retirada do convívio da avó na terça-feira (6), e levada para o abrigo. A avó não soube dizer os motivos. “Na quinta-feira vou no abrigo atrás dela e também da defensoria pública. Tenho condições de ficar com ela e vou lutar por isso”, disse a avó.

Quanto a filha, que está presa acusada das agressões à criança, Maria Aparecida diz que não teve mais contato e nem quer ter notícias.

Amigos da família participaram do velório

Poucas pessoas participaram do velório do pequeno Jhemerson de Jesus Belmonte, apenas a avó materna e alguns amigos dela e da mãe da criança. Ninguém sabe explicar o que teria acontecido para as agressões, já que a mãe era vista como cuidadosa e calma.

“Ninguém entende o que aconteceu e nem por que ela defendia o padrasto, porque ela era uma mãe cuidadosa com os filhos”, disse uma amiga da família. Outra amiga da avó tem a ajudado a passar pela situação.

“Eu estava com ela ontem quando soubemos da notícia, ajudei a escolher uma roupinha que ele gostava para o enterro e vou ajudar no que ela precisar, para tentar a guarda da menina”, conta a amiga.

(Foto: Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

Pai e padrasto presos suspeitos de agressões

O caso ganhou repercussão depois que o menino, de apenas dois anos, foi internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele foi levado para o hospital por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que foi acionada para socorrer uma criança que sofreu uma queda em via pública.

Segundo a Polícia Civil, no hospital, a mãe, uma jovem de 19 anos, apresentou outra versão. Aos médicos ela disse que o filho caiu enquanto brincava em casa com a irmã mais velha, de 4 anos. O relato chamou a atenção dos médicos, que acionaram a polícia após constarem que as lesões eram incompatíveis com a explicação apresentada por ela.

A delegada responsável pelas investigações, Nelly Gomes dos Santos Macedo, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), afirma que, em todas as versões apresentada à Polícia Civil, a mãe tentou inocentar o padrasto, de 24 anos. “Ela tentou defender ele apresentando versões que o tiraram das cenas”, relata.

Mesmo com o depoimento da mãe, que dizia que o companheiro não estava presente no momento da suposta queda, as investigações revelaram que o suspeito estava na casa onde ocorreram os fatos. Testemunhas também confirmaram terem visto o homem no local.

O casal – que tentou despistar a polícia apresentando versões diferentes sobre o caso – foi preso no dia 1° de fevereiro, em cumprimento de mandados de prisão temporária realizado por policiais da DEPCA. Mesmo após as investigações apontarem a autoria do crime, a mãe e o padrasto segue sem admitir as agressões.

A irmã de Jhemerson, uma criança de 4 anos, que desde o caso estava morando com a avó, foi encaminhada na semana passada para um abrigo.

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