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Cotidiano

MS volta a apresentar tendência de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave, afirma Fiocruz

No recorte da pesquisa por capitais brasileiras, Campo Grande também está incluída nesta tendência
Fábio Oruê -
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sindrome respiratoria
UPA em Campo Grande (Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

Mato Grosso do Sul está entre os estados que apresentam tendência de crescimento de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), segundo traz o boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (23) pela Fiocruz.

A atualização desta semana aponta que 15 estados com crescimento da síndrome respiratória na tendência de longo prazo. Além de MS, o Acre, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Sergipe estão na lista.

Referente à Semana Epidemiológica 20, de 12 a 18 de maio, o estudo tem como base os dados inseridos no Sivep-Gripe (Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe) até o dia 20 de maio.

No recorte da pesquisa por capitais brasileiras, Campo Grande também está incluída: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Teresina (PI).

VSR e influenza A em alta

O boletim InfoGripe da Fiocruz aponta que as internações de SRAG, principalmente em função da influenza A (gripe) e do vírus sincicial respiratório (VSR), continuam em alta em boa parte do país.

De acordo com a Fiocruz, em relação às crianças pequenas, a incidência e a mortalidade do VSR continuam mantendo valores expressivos. Outros vírus respiratórios com destaque para a ocorrência de SRAG em tal faixa etária são o rinovírus, a influenza A e a Covid-19.

Os idosos também estão em um quadro no qual ainda se exige atenção, alerta o instituto. A mortalidade das SRAG nas últimas oito semanas foi semelhante entre as duas faixas etárias, com destaque para a Covid-19 e para a influenza A nos idosos.

Pesquisador do Procc/Fiocruz (Programa de Computação Científica) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes chama atenção para o início da desaceleração das internações em algumas regiões.

“Para o VSR, em alguns estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, observa-se interrupção do crescimento ou queda. Em relação ao influenza A, associado ao aumento de SRAG em adolescentes e adultos, já se observa desaceleração no Nordeste e em parte do Norte e Sul do país”, destaca Gomes.

O especialista ressalta ainda a importância da vacina nesse momento. “A campanha de vacinação continua aberta para a influenza A, o vírus da gripe”, afirma.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (27,3%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (56,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (4,6%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (48%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (16,6%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (30,2%).

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