Movimento vegano e animalistas se unem para distribuir marmitas a pessoas em situação de rua em Campo Grande

Em 30 de janeiro, é celebrado o ‘Dia Mundial da Não-Violência e Cultura de Paz’, criado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Para marcar a ocasião, Movimentos Veganos e Animalistas de 13 cidades do Brasil se uniram para distribuir 3 mil marmitas veganas e meia tonelada de ração a quem precisa. Em Campo Grande, serão distribuídas 100 marmitas e 8 kg de ração nos arredores da antiga rodoviária.
De forma simultânea, a ação será realizada em nove estados, com a distribuição de marmitas veganas para pessoas em situação de rua e ração para seus animais de estimação.
A ideia da distribuição das marmitas surgiu como uma forma de prestar solidariedade ao Padre Júlio Lancellotti, que, segundo os organizadores da ação, tem enfrentado perseguição política por alimentar pessoas pobres.
O religioso é reconhecido pelo trabalho que realiza com a população em situação de rua em São Paulo e por ser um defensor dos direitos humanos.
Para saber como contribuir, basta entrar em contato com a coordenadora da ação, Yasmin Fróes, pelo telefone: (67) 99902-5848. A distribuição das marmitas ocorrerá na próxima terça-feira (30), às 19h30.

CPI das ONGs
Em janeiro, a Câmara de São Paulo anunciou a abertura da ‘CPI das ONGs’, para investigar organizações não governamentais que desenvolvem trabalhos na Cracolândia, região central de São Paulo.
Entre os investigados está o Padre Júlio Lancellotti, acusado de promover uma “máfia da miséria”, que “explora os dependentes químicos do centro da capital”. Entre as suposições, está a de que essas organizações recebem dinheiro público para distribuir alimentos, kit de higiene e itens para o uso de drogas, prática conhecida como política de redução de danos à população em situação de rua.
Em sua defesa, Lancellotti afirma que se trata de uma ação legítima quando se instala uma CPI para investigar o uso de recursos públicos pelo terceiro setor. Ele acrescenta que não faz parte de nenhuma organização conveniada à Prefeitura de São Paulo, mas, sim, da Paróquia São Miguel Arcanjo.
O sacerdote diz ainda que seus trabalhos estão vinculados à Ação Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que, por sua vez, “não se encontra vinculada, de nenhuma forma, as atividades que constituem o objetivo do requerimento aprovado para criação da CPI em questão”.