Os moradores da Rua Simões, no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande, têm enfrentado “dor de cabeça” com alagamentos constantes na região. Segundo vizinhos, o problema começou em 2009, ano em que a via recebeu a pavimentação asfáltica. Eles afirmam que as ruas Pinhão e Panônia (que fazem o entorno) ficaram com a altura do asfalto elevada, o que, após alguns minutos de chuva, provoca as cheias da Rua Simões.
O motorista de aplicativo, Mateus Barbosa, 23 anos, relata que os moradores são obrigados a construírem lombadas na frente de casa para evitar que a água invada as residências. “Tive que construir esse tampão de quase um metro para evitar um prejuízo ainda maior. Antes da lombada, a água chegou a invadir todo o terreno, perdemos geladeira, sofá, cama, armário, perdemos tudo. Foi um estrago de 8 mil reais em móveis”, disse.
Donos de veículos não conseguem guardá-los dentro de casa
Para quem é dono de veículo na via, a situação é ainda mais desconfortável. O motorista conta que com o risco de alagamento a qualquer momento, os moradores deixam os veículos nas esquinas durante a noite, e correm o risco de furtos.
“Eu coloco ele lá na esquina porque eu já tive um prejuízo muito grande. Deixei o carro aqui à noite, choveu, e ao acordar no outro dia cedo para ir trabalhar, tinha água dentro do carro. Tive que mandar fazer higienização, limpeza, e gastei água limpando a calçada. Tive um prejuízo de R$ 380, fora o que eu perdi sem poder trabalhar com aplicativo durante um dia e meio”, conta.
Morador do bairro há cerca de 20 anos, Mateus conta que o problema existe no local há 15 anos, e que antes de asfaltarem a via, não aconteciam alagamentos. “A rua está assim desde 2009. Nunca mudou, a gente já tentou ir atrás, mas nunca mudou”, denuncia.
Problema começou após instalação do asfalto
O administrador Fred Alexandre, de 42 anos, mora na Rua Simões há 14 anos. Ele reitera que o problema começou após a má instalação do asfalto na via, e que ao adquirir o terreno, em 2010, precisou aterrar os fundos para evitar que a água entre em sua residência.
“Eu moro aqui desde 2010 e quando eu comprei, eu mesmo tive que aterrar aqui. Só de aterro dá 1,60 metros de diferença no fundo do terreno, e por isso, nunca entrou água dentro da minha casa”, relata.
Além da instalação problemática do asfalto, o administrador afirma que falta um sistema eficiente de captação de água da chuva na via. “Tanto a Rua Panonia quanto a Rua Pinhão são mais altas, e elas são descidas. Deixaram a nossa [rua] aqui uma bacia, e não colocaram captação de água fluvial, entendeu? Só tem bueiro na ponta da rua”, disse Alexandre.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura para saber se o município tem conhecimento da situação e quais as medidas necessárias para resolver o problema. No entanto, até o momento da publicação da reportagem não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
