Apesar de muito esperada, as obras de da têm gerado preocupação entre os moradores do bairro Nova . Na manhã desta terça-feira (20), a remoção de um ponto de no canteiro do cruzamento com a rua 57 gerou apreensão quanto à possibilidade de retirada das árvores.

Plantadas há 12 anos pelos próprios moradores, o canteiro se tornou ponto de encontro para quem vive na região. No local, ipês, pés de manga e abacate oferecerem sombra para aliviar o calor, além proporcionar frutas frescas aos moradores.

Espedito de Jesus
Espedito de Jesus (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Espedito de Jesus, proprietário de uma borracharia em frente ao canteiro, conta que plantou a maioria das árvores com intuito de transformar o local em um ponto de convivência.

“Faz 12 anos que plantei essas arvores e desde então cultivo esse espaço. Se não tivesse isso aqui, os funcionários da prefeitura não estariam sentados aproveitando a sombra, além disso, é um local que a gente aproveita sempre quando quer aliviar o calorão”, relata.

Pé de abacate
Pé de abacate no canteiro (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Membro da associação de moradores do Nova Campo Grande, Emanuelle Adorno relata que foi pega de surpresa com a retirada do ponto de ônibus.

“Estão revitalizando a Duque de Caxias, mas não consultaram os moradores e nem nos avisaram sobre o canteiro e ponto de ônibus”, diz.

Segundo os responsáveis pela obra, a remoção do ponto de ônibus faz parte do processo de revitalização, que visa o alargamento da pista para facilitar o trajeto do transporte coletivo e proporcionar maior conforto aos passageiros enquanto aguardam o ônibus.

Até o momento, nenhuma árvore foi retirada do local, e as equipes de obras aguardam um fiscal da prefeitura para dar continuidade à revitalização.

Revitalização da Duque de Caxias

Obras
Obras (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Iniciada em agosto, a obra de revitalização da Avenida Duque de Caxias abrange do aeroporto internacional de Campo Grande ao Anel Rodoviário da BR-262, próximo ao Indubrasil. A obra recebeu investimento de R$ 16,5 milhões com contrapartida de 50% do Governo de Mato Grosso do Sul e outros 50% da Prefeitura de Campo Grande. 

Na primeira etapa, foi realizado o recapeamento do sentido bairro-centro, onde há mais ondulações na pista. Serão reconstruídos 4,1 quilômetros e recapeados 5,4 quilômetros de recapeamento, além de 2,87 quilômetros de ciclovia.

São 187 metros de drenagem e 1,2 quilômetros de defensas metálicas, com 11 unidades de estação de embarque previstos no projeto.

Sisep garante que árvores não serão retiradas

Ao Jornal Midiamax, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) esclareceu que um levantamento realizado pela pasta apontou que a obra não implicará na retirada de árvores. Todo o trecho afetado foi sinalizado com estacas indicando o trajeto a ser pavimentado e os locais dos pontos de ônibus.

“Fizemos um estudo para definir os locais dos pontos de ônibus e o traçado da ciclovia para evitar que alguma árvore tivesse que ser removida”, diz a Sisep.