Mínimo de 5 médicos e permanente: Como deve funcionar o Pronto Atendimento Pediátrico em Campo Grande?

Os atendimentos infantis serão centralizados no CRS do Tiradentes

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Crianças são as principais vítimas das doenças respiratórias (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O projeto que pretende centralizar e especializar o atendimento da pediatria é novo em Campo Grande e gera dúvidas na população quanto a como funcionará o serviço. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) quer colocar em prática o projeto por conta do surto de doenças respiratórias em Campo Grande.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, uma reunião da Sesau com médicos e pessoas envolvidas neste projeto, que será instalado no CRS do Tiradentes, definiu alguns pontos para a implantação do Pronto Atendimento Pediátrico na Capital.

Confira:

Quando deve começar a atender?

  • O início das atividades deve ser a partir do dia 1º de junho. A Sesau estaria esperando a instalação de um Raio-X na unidade.

Quantos pediatras vão atender?

  • A escala médica prevê oito pediatras às segundas e terças-feiras e seis de quinta a domingo (a depender da demanda de pacientes). A escala mínima será de cinco pediatras por dia.

O CRS do Tiradentes vai parar de atender adultos?

  • O CRS do Tiradentes passa a funcionar como Pronto Atendimento Pediátrico e o atendimento de adultos vai ser transferido para a USF, que fica no mesmo prédio do CRS.
  • Além da USF do Tiradentes, a unidade do Noroeste também vai absorver a demanda de adultos. O atendimento nessas USFs será até às 22h.

Vão cortar médicos?

  • A Sesau já adiantou que não haverá corte de médicos ou fechamento de escalas de pediatria, e sim que as escalas e leitos de pediatria da rede municipal serão aumentados.

Só vai ter pediatra?

  • A Sesau teria enviado os decretos para autorização de 18 plantões, contra turno da enfermagem e adicional de pediatria. Além disso, a contratação de fisioterapeutas e nutricionista está em fase de elaboração.

Vai ser temporário?

  • Apesar da sazonalidade do aumento dos casos de gripe, SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e outros vírus respiratórios, o atendimento deve ser permanente. Esse fator ainda está sendo discutido com os conselhos municipais.

A reportagem entrou em contato com a Sesau para mais detalhes, mas até esta publicação não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Surto de doenças respiratórias em Campo Grande

Campo Grande terminou a semana 20 do ano somando 1.383 casos de síndromes respiratórias e 101 mortes. O registro traz seis mortes apenas na semana passada, além de 98 casos, segundo dados da Sesau (Secretaria municipal de Saúde).

Dos 98 casos confirmados na última semana, 51 são de crianças de zero a 9 anos e 27 de idosos com mais de 60 anos. No mesmo período do ano passado, houve registro de 64 casos, sendo 41 em crianças. Os dados mostram como a crise respiratória se diferencia entre os anos.

Campo Grande em emergência de saúde

prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência em saúde no dia 1° de maio, devido à alta de casos de síndrome respiratória aguda grave. Com unidades de saúde lotadas, a Sesau negocia a abertura de novos leitos, principalmente pediátricos.

Conforme a secretária de Saúde, Rosana Leite, há aumento da ocupação de leitos das unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência por conta do aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.

Nesse sentido, apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças e também o tempo de internação é maior.

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