Mesmo sem chuva, temperatura mais amena pode aliviar situação das queimadas no Pantanal
Pantanal sul-mato-grossense sofre com incêndios há cerca de 3 meses
Aline Machado –
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Terra e vegetação seca. Esta ainda é a condição de Corumbá, umas das cidades pantaneiras mais atingidas pelo fogo. No entanto, a frente fria que atinge Mato Grosso do Sul, traz esperança para a região que sofre com a situação há cerca de 3 meses. A temperatura mais amena ajuda a reduzir as possibilidade de focos de incêndio.
Conforme o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), a temperatura na região está em torno de 15°, nesta segunda-feira (8), e umidade relativa do ar entre 55 e 65%. Para o meteorologista, Vinícius Sperling, a mudança no clima pode contribuir para redução das queimadas.
“É uma melhora em relação aos últimos dias. Isso esfria o material combustível que está pronto para queimar, a umidade mais alta também pode ser fator favorável, porém o solo continua muito seco”, afirma com informações baseadas no acompanhamento feito nas estações na área urbana de Corumbá e na fazenda da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), na Nhecolândia.
Ainda, segundo o meteorologista, o tempo continua seco na região e a previsão é de chuva isolada e com pouca intensidade para a próxima quarta-feira (10).
“Caso a chuva venha, pode amenizar ou diminuir a quantidade de focos de calor. O mais provável para o Pantanal é aumento de nebulosidade, queda significativa das temperaturas e possibilidade de chuva fraca, de chuviscos”, explica.
Pantanal em perigo
Levantamentos do Cemtec e da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), mostram que no Pantanal o perigo de fogo encontra-se entre o risco “moderado” a “extremo” para, sendo o mais crítico nas porções norte, noroeste e nordeste.
Os trabalhos de contenção dos focos de incêndio seguem por terra, água e ar, tanto no combate como na prevenção. Equipes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuam na região desde o dia 2 de abril de 2024 e, desde então, já foram empregados efetivo de 446 militares nas ações de prevenção, preparação e combate aos incêndios florestais.
A situação no Pantanal ganhou repercussão nacional e atraiu a presença das ministras Marina Silva e Simone Tebet cumpriram agenda em Corumbá no dia 28 de junho, Na ocasião, participaram de uma reunião técnica com o governador do Estado, Eduardo Riedel, sobre a situação no bioma.
Ao final da apresentação técnica, o governador fez requisições às ministras, por exemplo, de projeto no valor de R$ 50 milhões para combate aos incêndios.
Os governos estaduais decretaram a proibição definitiva de manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem.
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