Brasil tem 4 mil brasileiros com superdotação ou superinteligência, também chamados de pessoas com altas habilidades, identificados no território nacional. Segundo associação que faz o mapeamento, 21 dessas pessoas estão em Mato Grosso do Sul.

O levantamento foi feito pela Associação Mensa Brasil, entidade que reúne pessoas com altas capacidades intelectuais no país. 

Dos 21 superdotados de Mato Grosso do Sul, 8 são crianças, segundo a entidade que é a representante oficial da Mensa Internacional, principal organização de alto QI (Quociente de Inteligência) do mundo.

Segundo os dados, do número total mapeado, 1.283 são crianças e adolescentes. A primeira criança entrou na entidade em setembro de 2006, quando tinha 9 anos. 

Os identificados mais novos atualmente pela Mensa Brasil possuem 2 e 3 anos de idade. Já o identificado com mais idade possui atualmente 75 anos.

Nos últimos seis meses o crescimento foi de cerca de 1.000 novos identificados. 

Importância do mapeamento

Segundo o presidente da associação, Carlos Eduardo Fonseca, identificar pessoas com inteligência alta é fundamental para ajudar o Brasil a desenvolver políticas públicas de superdotação e altas habilidades.

Conforme Fonseca, essas políticas hoje não alcançam a população a ser atendida. “Se até 11% da população é superdotada e menos de 27 mil têm atendimento na educação escolar, por exemplo, significa que o Brasil falha em identificá-los”, explica. 

“Portugal, por exemplo, possui apenas 10 milhões de habitantes, mas tem 60 mil superdotados identificados. O Brasil pode e deve melhorar sua identificação de superdotados”, pontua o presidente.

Para a associação, é preciso que governos brasileiros adotem um sistema nacional estruturado de avaliação da inteligência de crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, tanto nas instituições de ensino públicas quanto nas privadas. 

Na visão da entidade, este modelo serviria de base para a ampla identificação dos chamados superinteligentes, ainda nos primeiros anos de escolarização.

Essa identificação, consequentemente, contribuiria para um melhor direcionamento, desenvolvimento e aproveitamento dos potenciais intelectuais no Brasil, ajudando na evolução destes indivíduos e beneficiando a sociedade.