Mãe solo, Lidiane encontrou na venda de pães um caminho para ajudar no tratamento da filha com autismo

Apesar da venda de pães, renda ainda é insuficiente para arcar com todas as despesas da família

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Pães da Lidi
Pães da Lidi (Arquivo pessoal)

Mãe solo de três filhos, de 4, 6 e 14 anos, Lidiane, 35, encontrou na venda de pães uma maneira de custear o tratamento da filha autista e garantir uma renda para a família. No entanto, ela ainda enfrenta dificuldades diárias para conseguir se manter.

A filha Sarah, de 4 anos, recebeu o diagnóstico de autismo aos dois anos. Após alguns exames, os médicos também descobriram a esquizofrenia e obstrução intestinal. Desde então, as idas ao posto de saúde se tornaram rotina.

Além disso, a menina precisa de medicamentos controlados, que, segundo Lidiane, não são fornecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

“Ela toma dois tipos de remédio, mas não são fornecidos no posto de saúde. A risperidona até dão, mas só pode ser entregue depois que ela completar 5 anos. Já o PEG 4000, que evita problemas intestinais, eu preciso comprar”, explica.

Desde que começou a vender pães, Lidiane sonha em juntar dinheiro suficiente para comprar uma máquina de salgados e expandir sua produção.

“Se eu conseguir uma máquina, posso ajudar mais minhas crianças. Também tenho problemas de saúde, como hérnia de disco, fibromialgia e espondilite, por isso preciso aumentar minha renda. Só a venda de pães não está sendo suficiente”, desabafa.

‘Vendo apenas seis pães ao dia’

Sarah ao lado dos pães
Sarah ao lado dos pães (Arquivo pessoal)

Lidiane vende cada pão por R$ 20,00, com opções como pão de milho, bisnaguinha, pão de leite e pão doce. No entanto, ela consegue vender apenas entre cinco a seis unidades por dia. Além disso, o trabalho nas ruas é um grande desafio, já que Sarah ainda não possui um abafador de ruídos, o que torna o ambiente externo algo extremamente incomodo e limita o horário de trabalho da mãe.

Mesmo com as vendas, a renda ainda é insuficiente para cobrir todos os custos. Ela conta que mora de aluguel e não recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada); por isso, precisa de doações de alimentos, fraldas e móveis.

“Sarah faz fisioterapia nas pernas no Cotolengo, mas ainda não tenho recursos para pagar uma terapia para o autismo e estou aguardando uma vaga na rede pública. Já procurei auxilio no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e em todos os locais possíveis”, finaliza Lidiane.

Para quem se interessou em ajudar Lidiane, os ‘Pães da Lidi’ estão disponíveis na Rua 19 de abril, no bairro Vila Margarida, em Campo Grande.

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