Apontado como executor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro, o ex-policial militar Ronnie Lessa deve ficar mais um ano em detenção no presídio federal em Campo Grande.

A decisão da Justiça Federal foi dada nesta quarta-feira (3). Lessa está preso desde 2019 e, em Campo Grande, desde dezembro de 2020.

O prazo de permanência de Ronnie Lessa terminou no dia 21 de março deste ano. Se o prazo não fosse renovado, iria retornar ao sistema penal do Rio, onde responde a diversos processos na 4ª Vara Criminal.

Mais cedo, a 5ª Vara Federal de Campo Grande havia determinado que Lessa voltasse ao Rio de Janeiro em até 30 dias. Decisão foi desconsiderada após o juiz tomar ciência da decisão da 4ª Vara Criminal do Rio.

Lessa é um dos delatores do caso Marielle e apontou os irmãos Brazão em seu depoimento como os mandantes do assassinato. Segundo ele, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, deputado federal (União-RJ), têm participação no homicídio da vereadora.

Eles foram presos na semana passada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e também estão em presídios federais. A defesa dos envolvidos nega as acusações.