Jogos Paralímpicos: aproveite o clima desportivo para eliminar do vocabulário expressões discriminatórias

Existem termos que discriminam e excluem as pessoas com deficiência, como se elas fossem menos capazes do que as pessoas sem deficiência

Liana Feitosa – 28/08/2024 – 19:15

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Paratletas brasileiros dos Jogos Paralímpicos 2024 (Foto: Alessandra Cabral/CPB)

Os Jogos Paralímpicos de 2024 começaram nesta quarta-feira (28) em Paris, na França, e são uma ótima oportunidade para repensar frases e expressões preconceituosas e capacitistas.

Existem termos que discriminam e excluem as pessoas com deficiência, como se elas fossem menos capazes do que as pessoas sem deficiência.

Pensando nisso, o Midiamax separou 3 expressões para que você fique atento e deixe de usar não só agora, durante os Jogos Paralímpicos.

“Pessoa normal”

Dá a ideia de que há um padrão de normalidade, de que todas as pessoas devem ser iguais e, que, portanto, pessoas que têm uma deficiência são “anormais”. Isso cria uma divisão entre pessoas sem deficiência e pessoas com deficiência, gerando exclusão e marginalização.

“Portador de deficiência”

Considerada uma expressão antiga e atrasada, não reflete a maneira como as pessoas com deficiência se veem e querem ser vistas.

Ela sugere que a deficiência é algo que a pessoa “carrega” e que pode, de alguma forma, se separar dela. Usar esse termo, portanto, desumaniza a experiência da deficiência, que faz parte da identidade de muitas pessoas. 

“Pessoa deficiente”

O termo transmite a mensagem de que a deficiência é a característica mais importante de uma pessoa, ignorando outras habilidades e qualidades dela. 

Ou seja, essa expressão é reducionista, resumindo a pessoa à sua deficiência.

Paralimpíadas de Paris 2024

Torcedores do mundo todo estão voltados às Paralimpíadas de Paris, que neste ano acontecem de 28 de agosto a 8 de setembro. Conforme o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), a delegação brasileira contará com 277 atletas.

Mato Grosso do Sul será representado por oito atletas nas categorias atletismo, canoagem e judô. Por fim, também participará a auxiliar técnica Anne Talitha Almeida, de Campo Grande.

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas (109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze), ou seja, faltam 27 para alcançar seu 400º pódio no evento.

Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a sua melhor campanha com 72 medalhas no total, a mesma quantidade obtida no Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 de Londres 2012. Ainda foram mais 20 pratas e 30 bronzes no Japão.

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