Indígenas da Aldeia Jaguapiru, fazem o bloqueio da rodovia MS-156 em , cidade a 255 km de Campo Grande, desde o início da manhã desta quinta-feira (11). O motivo seria a falta de água na aldeia.

A PMR (Polícia Militar Rodoviária) está no local, que ainda não tem previsão de liberação. 

Conforme apurado pelo Dourados News, centenas de veículo já formam filas quilométricas nos dois sentidos da rodovia. Veículos de emergência, como ambulâncias são liberados a passar. 

Caminhões na fila de congestionamento. (Dourados News)

Ao site local, lideranças afirmaram que caso não haja posicionamento do , outros trechos da rodovia, que passa pela reserva, serão bloqueados. “Estamos aqui reivindicando saneamento básico e que a ministra Nísia, do Ministério da Saúde, nos ouça. Não adianta nomear um monte de e não dar condições para trabalhar, queremos que ela nos ouça e que possa ouvir as oito reservas indígenas que estão sem água”, afirma Valdelice Veron, uma das lideranças do movimento Aty Gwasu, ou grande assembleia do povo Guarani-Kaiowá.

A reivindicação é antiga. Eles pedem construção de poços artesianos para atender a população que não tem água potável. “As escolas estão numa situação precária, não tem água para limpar e as aulas vão começar em breve. O NAM (Núcleo de Atividades Múltiplas) não tem água para dar descarga. Não podemos dar banho nas crianças, não tem água para beber. É desumano! A gente tem direitos iguais, a gente vota como todos, então precisamos de uma solução”, disse Sônia Maria Maciel, moradora da Aldeia Bororó.

Em setembro do ano passado, o vice-governador (PP), que está à frente do projeto que visa levar água às famílias da Reserva Indígena de Dourados, disse que aguardava retorno do Governo Federal sobre o projeto entregue à Sesai (Secretaria de Saúde Indígena). “Temos problemas de produção, reserva e distribuição. A alternativa que encontramos é que precisa ser montado um projeto novo, mantendo o antigo funcionando, mas perfurando novos poços, com uma nova reserva e distribuição”, disse na época, lembrando que o custo dessa obra gira em torno de R$ 35 milhões. 

Os manifestantes aguardam uma posição do governo e que sejam ouvidos pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima.