O Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) continua com setores da maternidade superlotados nesta quarta-feira (10). Ao todo, 58 pacientes estão sendo atendidos nos setores, sendo sete em leitos nos corredores.

A atualização do hospital indica que há lotação máxima, com seis recém-nascidos no Centro Obstétrico; 12 pacientes em pré-parto, sendo 2 em leitos extras; e 35 pacientes na enfermaria da Maternidade – alojamento conjunto, tratamento clínico e cirúrgico, obstétrico e ginecológico -, sendo 5 em leitos extras.

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que está ciente da situação oficializada pelo HU na segunda-feira (8). Campo Grande é referência no atendimento terciário de mais de 33 municípios no Estado, sendo comum a transferência de pacientes destas cidades, oferecendo o suporte e atendimento adequado a essas pessoas.

“Neste momento, a Secretaria de Saúde, através da Superintendência de Relações Institucionais em Saúde, está em contato com todas as instituições contratualizadas pela pasta e que possuem maternidade, visando a reorganização e redistribuição dos pacientes conforme a capacidade de cada uma destas unidades”.

Caos no corredor

Imagens enviadas pelo canal do Leitor Midiamax revelam a indignação de pacientes que estão alocados nos corredores. Cadeiras e macas ocupam o pouco espaço disponível entre as passagens. Além das futuras mães, os acompanhantes também se distribuem entre os corredores do hospital enquanto as pacientes esperam por atendimento adequado.

“A situação é subumana. As gestantes estão nos corredores, em macas, cadeiras de fio e mães que acabaram de ter bebê estão arriscando cair, se machucar, além da exposição e falta de privacidade para essas puérperas”, diz uma leitora que prefere não se identificar.

O pedido de suspensão de novos atendimentos foi feito por um ofício enviado no fim desta segunda-feira (8). A intenção é que, com isso, a situação possa ser normalizada. Segundo informações confirmadas pelo Hospital Universitário, a superlotação começou na quinta-feira (4) e a situação ficou ainda mais crítica ontem.

Na terça-feira (9), havia 59 pacientes em atendimento nos setores de pré-parto e enfermaria da maternidade, que juntos têm capacidade para 40 pacientes.

De acordo com o hospital, um dos motivos para a superlotação é o envio de pacientes além da capacidade. Outro fator é que a instituição não dispensa as gestantes que procuram atendimento no local.

Confira o vídeo: