Histórico: MS teve outubro com máxima de 43,7°C e umidade de 7%, analisa Cemtec

Dos 44 municípios analisados pela meteorologia, 27 tiveram ao menos 20 dias sem chuvas no Estado em outubro

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Calor intenso com alerta de chuvas intensas (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

O mês de outubro foi de temperaturas recordes e umidade do ar extremamente baixa em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento elaborado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

A máxima chegou aos 43,70°C no Estado, em Aquidauana, mesma cidade que registrou umidade relativa do ar extrema de 7%, a menor média história registrada em MS.

As cidades de Água Clara, Chapadão do Sul, Costa Rica e Miranda também tiveram umidade relativa do ar que chegou aos 7%, de acordo com a meteorologia. 

Falta de chuvas

Segundo o levantamento, 27 municípios, dos 44 analisados, registraram 20 ou mais dias sem chuvas em Mato Grosso do Sul no mês de outubro. Os destaques ficam com Fátima do Sul e Itaquiraí, que tiveram 25 dias sem chuvas.

A falta de chuvas gerou médias de umidade relativa do ar muito baixas no Estado, com a média do índice ficando abaixo dos 40% em 36 cidades.

Isso significa que, dos 44 municípios analisados, 36 tiveram média de umidade do ar no mês muito abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Segundo o órgão, índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana.

Efeito na conta de luz

(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

A falta de chuvas, que vinha sendo registrada desde o início do ano pela meteorologia, acarretou mudança até mesmo na bandeira tarifária da conta de energia.

Com a diminuição do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, as usinas termelétricas de geração de energia precisaram ser ativadas e, com isso, a geração de energia ficou mais cara, fazendo com que a bandeira fosse atualizada para a vermelha 1 em outubro.

Realidade começou a mudar

No entanto, após meses de seca, calor e estiagem, o mês de outubro trouxe um alívio ao sul-mato-grossense. Em Campo Grande, por exemplo, pancadas de chuva registradas pela meteorologia ao longo de todo o mês resultaram em um volume de chuva 11% maior do que o esperado para esse período.

Conforme o meteorologista Natálio Abraão Filho, até este domingo (27), Campo Grande contabilizou 141,3 milímetros de chuva, enquanto a média histórica estava em 134,3 a 141,6 milímetros.

Já segundo dados da estação meteorológica do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Campo Grande, desde abril não chovia tanto na Capital.

Ventos de 120 km/h

Estragos causados por temporal em Cassilândia (Foto: Cassilândia Notícias)

Em outubro também começou a chamada “temporada das tempestades”, que se tornam mais comuns nesse período devido aos constantes choques de massa de ar frio sobre áreas onde há predomínio de massa de ar quente, explica a meteorologia.

Por isso, apesar do tempo extremamente seco, foram registradas rajadas de vento bastante fortes no Estado, várias delas atreladas à ocorrência de tempestades. 

Em Coxim, por exemplo, teve rajada que chegou a 120,53 km/h, segundo o Cemtec. No entanto, o recorde ficou por conta de Chapadão do Sul, com rajada que chegou aos 128,30 km/h.

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