Imagens espaciais do Zoom Earth mostram a intensidade da fumaça dos incêndios que se alastram pelo Pantanal de Mato Grosso do Sul. No ano passado, Campo Grande, que fica a mais de 400 quilômetros de Corumbá, registrou dias encobertos pela nuvem de fumaça cinza. Com a nova tragédia ambiental, a Capital pode ser afetada de novo nos próximos dias?

O meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Vinicius Sperling, explica que, nesta segunda-feira (24), a propagação da pluma de fumaça segue o fluxo dos ventos de nordeste. Antes da chegada da frente fria, o vento fica de noroeste. Neste caso, por exemplo, teria uma possibilidade de um novo dia cinza na cidade. “Depende da velocidade e intensidade desses ventos de noroeste, mas é possível sim”, esclarece.

As imagens de satélite mostram os inúmeros focos de incêndio que devastam a maior planície alagada do mundo. O longo período de estiagem que favorece os incêndios seria esperado para julho e agosto.

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Fumaça vista por imagens espaciais (Zoom Earth)

Fumaça, frio e tempo seco

Contudo, entre quarta (26) e quinta-feira (27) a previsão indica sol e variação de nebulosidade. Com o avanço do ar relativamente frio, o Cemtec diz que devem ocorrer temperaturas mais amenas, sendo observados os menores valores de temperaturas associadas a esta frente fria.

Estão previstas temperaturas mínimas entre 9 e 14°C e máximas entre 16 e 24°C para as regiões sul, sudeste e sudoeste. Na região pantaneira, esperam-se mínimas entre 12 e 16°C e máximas entre 23 e 27°C. Para as regiões norte, leste e bolsão, mínimas ficam entre 13 e 18°C e máximas entre 29 e 33°C. Em Campo Grande, as mínimas devem ficar entre 15 e 17°C e as máximas entre 25 e 27°C.

Sendo assim, os ventos atuam do quadrante sul e giram para o quadrante norte ao longo de quinta com valores entre 40 e 60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.