Símbolo de MS: Guavira já é vista em bancas, mas vendedores citam dificuldade de encontrar
A fruta era encontrada em abundância em Campo Grande, mas atualmente a quantidade de guavirais tem diminuído em decorrência do avanço da pecuária e da agricultura
Osvaldo Sato –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O tradicional hábito de ‘catar guavira’, uma das expressões culturais mais marcantes de Mato Grosso do Sul, tem se tornado cada vez mais raro. A redução dos guavirais e o ‘cercamento’ de propriedades rurais contribuíram para essa mudança. Assim, muitos apreciadores da fruta-símbolo do Estado passaram a comprá-la diretamente de vendedores ambulantes, que nesta época do ano já montam suas bancas nas avenidas da cidade.
Em um breve percurso, a reportagem do Jornal Midiamax encontrou comerciantes vendendo guavira na Avenida João Arinos, na Avenida Hiroshima e na Avenida Cônsul Assaf Trad.
Na última, conversamos com Rafael Barbieri Cela, que comercializa guavira em Campo Grande há cerca de dez anos. Segundo ele, a fruta vendida tem origem no Paraguai, mas entre novembro e dezembro começa a receber lotes vindos das cidades de Jardim e Bonito. “A cada dois dias recebo uma carga nova”, afirmou.
“A guavira está difícil de achar, o povo ‘meteu o gradão’ nos sítios ou tiraram os ‘pés’ para construir casas, e a guavira para cultivar é muito difícil”, explicou Rafael, que vende cerca de 300 quilos da fruta por dia. “Quem compra geralmente é um pessoal mais velho, pois lembra a infância, a época de ir ‘catar guavira’, quando ainda tinha bastante em todo canto da cidade.”
Durante a entrevista, um cliente parou o carro na beira da avenida e se aproximou. Era Edson, de 26 anos, instrutor de autoescola, que também guarda boas lembranças ligadas à guavira.
“Sou de Campo Grande, mas agora moro em Coxim. Por ser sul-mato-grossense, temos esse costume, essa cultura. Toda a minha família gosta. Desde pequeno, meus pais me levavam para ‘catar guavira’ perto de fazendas”, recordou. “Mas, nos últimos dois anos, percebi uma diminuição muito grande, então vim comprar.”
Em todos os pontos visitados, o preço do fruto estava tabelado: 15 reais o pote, que os vendedores chamam de ‘litro’ para definir a porção vendida. Na banca de Rafael, na Cônsul Assaf Trad, ele ainda oferece promoções, como quatro ‘litros’ por 50 reais.
Formas de consumo
Por ser uma fruta sazonal, a guavira é colhida entre setembro e dezembro. Seu consumo pode ser variado: in natura ou processada para sucos, sorvetes e doces.
Com bom humor, Rafael comentou que muitos clientes gostam de utilizar a fruta para dar sabor à cachaça. “Muita gente compra pra beber com pinga, hein”, brincou. Além disso, a guavira também é aproveitada na produção de outras bebidas alcoólicas, como licor e vinho.
✅ Siga o @midiamax no Instagram
Fique por dentro de tudo que acontece em Mato Grosso do Sul, no Brasil e no mundo! No perfil do @midiamax você encontra notícias quentinhas, vídeos informativos, coberturas em tempo real e muito mais! 📰
🎁 E não para por aí! Temos sorteios, promoções e até bastidores exclusivos para você!
🔔 Clique aqui para seguir e não perder nada! 🚀
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Bolsa Família: beneficiários com NIS final 5 recebem parcela de novembro nesta sexta-feira
Em Mato Grosso do Sul, cerca de 206 mil famílias recebem o Bolsa Família
Mulher é brutalmente esfaqueada pelo marido durante discussão em Coxim
Homem também foi socorrido. Casal foi transferido para Campo Grande
Maria Alice sobe ao palco do Aracy Balabanian com repertório de Paulo Simões nesta sexta
Ingressos na plataforma Sympla estão esgotados
Milhares de advogados decidem diretoria da OAB-MS nesta sexta-feira
Corrida eleitoral foi marcada por polêmicas após operação expor que alguns candidatos participaram de suposto esquema de venda de sentenças no judiciário de MS
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.