Força do vento aumenta intensidade de fumaça em Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande, qualidade do ar é considerada moderada nesta manhã
Karina Campos, Jennifer Ribeiro –
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O amanhecer em Campo Grande nesta quarta-feira (2) estava em tons alaranjados, com a cor do sol vermelha. Ventos do noroeste intensificam a quantidade de fumaça em Mato Grosso do Sul.
Nas imagens de satélite do Zoom Earth, é possível notar o corredor de fumaça da Amazônia, além de biomas da Bolívia, Paraguai e o próprio Pantanal sul-mato-grossense.
A estação do Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), indica que a qualidade do ar está ao nível moderado. O monitoramento considera a entrada de material particulado pela atmosfera.
O material particulado é o principal poluente atmosférico utilizado como parâmetro para a análise e caracterização da qualidade do ar devido à frequência de ocorrência e aos prejuízos à saúde e ao meio ambiente que ele pode causar.
Vem chuva?
Segundo o meteorologista Vinicius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), há previsão de chuva entre esta quarta e quinta-feira (3).
Os modelos de análise indicam chuva intensa na região sul do Brasil. Contudo, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) informa chance de chuva já no período da tarde de hoje.
Queimadas históricas
Houve reforço de brigadas para combate aos incêndios em todos os biomas do Estado. A Operação Pantanal completa hoje 184 dias de trabalho.
Segundo a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, a região enfrenta seca extrema em todas as regiões. Portanto, as equipes de combate enfrentam dificuldades na atuação diante da crise climática e áreas de difícil acesso.
“A situação no Estado é de seca extrema, apesar das frentes frias no Estado e algumas chuvas, essa chuva não teve um volume considerável para realmente molhar o sono. No Pantanal, encontramos situações ainda muito críticas, a vegetação um pouco verde pela chuva, mas o solo muito seco”.
Recorde
Setembro terminou com registro de 1,9 mil focos de queimadas em Mato Grosso do Sul e, apesar do resultado 5 vezes maior que o de setembro de 2023, é possível dizer que as chamas estão sob controle. Isso porque o resultado está dentro da média e abaixo do resultado de 2020.
Para se ter ideia, em setembro de 2019 foram 3.210 focos de queimadas, 3.079 no mês em 2020 e 2.739 em 2021. O número máximo de focos de queimadas já registrados em um mês de setembro foi de 5.380. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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