Falta de semáforo causa caos na Duque de Caxias e só deve ser resolvido em uma semana, diz Agetran

Segundo diretor da Agetran, prazo é necessário para que parte interna das luzes semafóricas sejam consertadas

Liana Feitosa, Lucas Caxito – 16/05/2024 – 18:02

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Semáforo arrancado na Duque (Ana Laura Menegat, Midiamax)

O restabelecimento de rede semafórica localizada na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, deve demorar mais 7 dias para acontecer. O semáforo acabou danificado por completo há 11 dias após grave acidente registrado no local no dia 5 deste mês

De acordo com Paulo da Silva, diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o prazo é necessário para que o que foi danificado, como a parte interna das luzes semafóricas, sejam consertadas. A previsão é de que a reinstalação ocorra somente na quarta-feira (22) da próxima semana.

A situação tem causado confusão no trânsito local, principalmente para ciclistas e pedestres, que não conseguem atravessar a pista com facilidade, como o Jornal Midiamax noticiou nesta quarta-feira (15).

O cenário se tornou complicado após um acidente registrado no local na manhã do dia 5, quando uma caminhonete L200, com 8 pessoas, capotou e atingiu o poste do semáforo, causando sua queda.

Solução do problema

Semáforo arrancado na Duque (Ana Laura Menegat, Midiamax).

“Aconteceu o acidente batendo no pilar que sustenta o semáforo, e quebrou o pilar. Aquele pilar é um pórtico, é um dos pilares mais caros de semáforo que tem na cidade, tanto que ele não é mais utilizado por conta dessa questão do valor mesmo”, detalhou Paulo da Silva ao Jornal Midiamax.

O diretor explica que, quando acontecem acidentes que atingem essas estruturas, eles são substituídos por um padrão mais moderno e barato. “(Os novos) custam menos da metade, custam um terço do valor. Um pilar daquele (que foi derrubado) hoje custa na casa de R$ 16, R$ 17 mil. O nome é semi-pórtico. A gente vai substituir”, garante.

Segundo ele, não apenas o poste foi destruído, mas também o semáforo. “O semáforo foi todo destruído também, agora está no laboratório refazendo a parte que foi danificada, inclusive a parte interna das luzes semafóricas. Assim que ficar pronto ele vai ser recolocado no lugar, num outro poste desse porte mais moderno que a gente usa em toda a cidade”, detalha Paulo.

Prejuízos para pedestres

“Está demorando muito, chego até atrasada no serviço”, conta a estudante Maria Eduarda, de 20 anos, que precisa cruzar a pista diariamente, mas tem enfrentado dificuldade para isso devido à falta de sinalização vertical no local. 

“Ninguém para, é difícil, aí a gente tem que esperar muito tempo aqui para poder passar. Às vezes a gente vai até pela calçada para sair lá na frente no semáforo, porque aqui não dá, é difícil mesmo. Aí tem que aproveitar os pequenos momentos para passar”, relata a estudante.

O lojista Lucas Henrique, de 19 anos, também detalha dificuldade de passar pelo local. “É impossível atravessar nisso (a situação) aqui. Eu passo aqui todos os dias de manhã e na hora do almoço pra voltar. Na hora do almoço dá pra passar, porque o trânsito está bem lento, mas de manhã é impossível”, pontua.

“Eu entrei no Instagram da prefeita, achei um e-mail lá e mandei e-mail pedindo pra colocar o semáforo de volta porque não dá pra passar, não dá mesmo. Fica muito complicado”, desabafa o jovem. 

“Ninguém para pra gente, pode entrar no meio que atropela e passa por cima, mas o pessoal não para. Para passar aqui eu espero pelo menos uns 10 minutos. Eu não atravesso mais, vou lá no próximo semáforo. Lá o povo é obrigado a parar, aqui, não”, avalia. 

Quem vai pagar a conta

Segundo Paulo da Silva, a nova estrutura será instalada ao valor R$ 3 mil e R$ 4 a haste. “O semáforo a gente está trabalhando internamente para tentar recuperar, aí depende do que foi danificado para a gente apurar os custos. Certo é que qualquer valor desses, quando acontece um acidente dessa natureza e que há um erro grave do motorista, uma imprudência do motorista, a gente também aciona o nosso departamento jurídico para cobrar isso do motorista”, afirma o diretor-presidente da Agetran.

Ele explica que, em caso de acidente culposo, a prefeitura busca o reparo. “Existe alguns acidentes que a gente notadamente sabe que foi realmente um acidente, não foi uma imprudência. (O condutor) precisou dar uma freada imediatamente por alguma ação ou fazer um desvio de um pedestre, de um animal ou qualquer outra coisa”, exemplifica. 

Em todos os casos são avaliadas as circunstâncias, completa o diretor-presidente. “Tudo é avaliado e a gente toma medidas conforme é apresentado o acidente. Se é um acidente que a pessoa provocou culpadamente, se tudo indica que lá ele teve culpa por tudo que aconteceu, pela imprudência de ter gente em cima da carroceria, estar com oito pessoas na caminhoneta, enfim, uma série de erros que teve lá que indicam que ele foi culpado do acidente; claro que isso é a perícia que determina e aí a gente cobra dele ou não”, garante.

O titular da Agetran explica ainda que, para o semáforo, não será necessária abertura de licitação. “Nessa modalidade que nós temos agora, não, porque a gente tem os postes aqui e o aparelho semafórico está sendo recuperado. Se for restabelecer o semi-pórtico lá, aí, sim, precisa de uma licitação porque ele tem um valor mais elevado e a gente não tem como fazer isso internamente até porque isso não tem disponível”, afirma. 

Já no caso do poste, o chamado semi-pórtico, há casos em que a abertura de licitação é necessária, o que estende ainda mais o prazo de retomada do funcionamento.

“Se a gente tivesse disponível (o sem-pórtico antigo), levava, substituía, trazia; mas como não tem, o que a gente tem é desse modelo novo, então esse a gente tem, só é questão mesmo de arrumar o aparelho que foi danificado e leva um tempo para ser reconstruído toda a parte lógica dele”, finaliza.

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