A equipe da Brigada Alto Pantanal está mobilizada para combater incêndios florestais, trabalhando com brigadistas do Prevfogo/Ibama e funcionários de fazendas na Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede Amolar).

Na sexta-feira (26), detectaram um foco de incêndio perto da fronteira entre Brasil e Bolívia. Em seguida, realizaram um sobrevoo para monitorar o fogo e verificar as condições de acesso.

As ações começaram no dia 26 e continuarão no sábado (27). Serão 21 pessoas diretamente envolvidas no combate às chamas. O avanço do fogo depende da direção do vento e pode ameaçar a Serra do Amolar.

O apoio dos brigadistas do Prevfogo/Ibama aumenta a capacidade de combate e a criação de linhas de defesa para conter o fogo. Funcionários de propriedades rurais próximas ajudam com equipamentos e veículos e fornecem conhecimento local sobre acessos e fontes de água.

Até esta semana, a Brigada Alto Pantanal focava em proteção contra o fogo em outras áreas da Rede Amolar. Realizou a manutenção de uma área onde plantou mais de 25 mil mudas na RPPN Acurizal. Em junho, os brigadistas controlaram incêndios diretos com o apoio de ribeirinhos e funcionários de fazenda. No final de junho, também combateram um incêndio no território boliviano com a ajuda do Exército local.

A importância da Serra do Amolar

A Serra do Amolar é crucial para o ciclo de cheia do Pantanal. O biólogo Wener Hugo Moreno, do IHP, explica que o território atua como uma barragem natural ao longo do Rio Paraguai. Ele funciona como um funil que controla o fluxo das águas, moldando o pulso de inundação e inundando baías e lagoas na região, formando o chamado gargalo Paraguai.

Além disso, a Serra do Amolar constitui um corredor de biodiversidade. O IHP, em parceria com o programa Rede Amolar, formou um corredor de mais de 300 mil hectares. Esse corredor inclui Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPNs), o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense e propriedades particulares.