Campo Grande chegou a 1.620 casos de síndrome respiratória aguda grave este ano. Já são 22 casos nesta semana, sendo 11 em crianças de zero a 11 anos. Em relação às mortes, Campo Grande soma 121 vítimas fatais por doenças respiratórias em 2024, a maioria em idosos.
Apesar de menores do que em abril, os casos seguem em alta. Em abril, Campo Grande chegou a registrar 137 casos de doenças respiratórias em uma semana. O número é maior do que todos os registros semana a semana de 2023.
Porém, os casos se diferenciam do ano passado. Em 2023, as crianças foram muito afetadas pelo vírus sincicial respiratório, que causava bronquiolite e levou 26 crianças de zero a 4 anos à morte em 2023. Neste ano, crianças seguem no centro dos casos, mas com menos mortes.
Os dados são do painel de SRAG da Sesau (Secretaria municipal de saúde) de Campo Grande. As informações mostram ainda que em 2024 já são 212 casos de influenza A, mais do que todo o ano passado (107 casos).
Vacinação contra gripe não atinge 50% da população
A vacina contra gripe está disponível para toda a população com mais de seis meses residente em Campo Grande. Apesar disso, apenas 163,5 mil doses foram aplicadas até o início desta semana, de acordo com levantamento da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a pedido do Jornal Midiamax.
O público-alvo habitual dessa campanha de vacinação engloba população de 360 mil pessoas, que corresponde a idosos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, assim como professores da rede pública de ensino.
Ao ser considerado esse número, até o momento foi imunizada apenas 45% da população-alvo, índice muito baixo se considerado o surto de doenças respiratórias observado neste ano na capital.
