Em protesto, indígenas fecham acesso principal para aldeia de Antônio João em conflito
Eles pedem demarcação das terras indígenas como solução para o conflito
Priscilla Peres, Clayton Neves –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Indígenas protestam em trecho de estrada que dá acesso à Terra Indígena Nhanderu Marangatu, em Antônio João. Com faixas que pedem ‘Justiça’ e ‘Demarcação de Terras’, três dias após Neri da Silva, de 23 anos, ser morto a tiro pela polícia durante conflito. A via está fechada para o tráfego de veículos.
O protesto acontece em estrada vicinal localizada no km 15 da MS-384, que dá acesso à terra indígena e também à Fazenda Barra, alvo de disputa por terra. Os indígenas afirmam que não têm pretensão, por enquanto, de fechar a rodovia.
O bloqueio foi feito com pedras, galhos de árvores e cerca de arame. Alguns indígenas têm arco e flecha nas mãos. Eles afirmam que vão permanecer no local, até encontrar uma solução. Os indígenas no protesto são de uma comunidade localizada ao longo da MS-384, em Antônio João.
O Jornal Midiamax está na região de conflito e acompanha o clima e negociações após a morte de um indígena.
Disputa entre indígenas e família influente
A área de conflito que envolve a Fazenda Barra, de propriedade da influente família Ruiz, foi homologada como terra indígena em 2002. Mas teve os efeitos suspensos pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em seguida.
Há um ano, o conflito pela área ganhou força, diante da pressão de indígenas e ações dos fazendeiros para se manterem na área, com escolta da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul autorizada pela Justiça na área. Com a morte, indígenas de outras cidades chegam a aldeia para o velório, enquanto dezenas de militares se concentram na propriedade privada.
O conflito, que resultou na morte do indígena e ainda deixou outros dois feridos, ocorreu no momento em que indígenas tentavam ocupar a sede da fazenda. Irmão de Neri afirma que o policial que o matou estava em cima de uma viatura da polícia.
“Quando o conflito acontece, nunca morre branco, só indígena. Estão falando de armas, mas a gente só tem flecha, que nem chega longe”, defende ele. A polícia, que usa fuzis, alega que os indígenas estavam armados e que abriram fogo, iniciando o tiroteio contra a tropa.
Notícias mais lidas agora
- Corpo de homem desaparecido é encontrado em rio no interior de MS
- Motorista de aplicativo esfaqueia cliente após briga por cancelamento de corrida em Campo Grande
- Empresário vítima de infarto aos 36 anos fazia uso de anabolizantes esporadicamente, diz irmão
- Idosa é presa e comparsa foge após tentar abrir conta com documentos falsos em agência bancária
Últimas Notícias
Identidade visual do Brics 2025, realizado no Brasil, terá árvore amazônica como símbolo
Samaúma, àrvore da Floresta Amazônica será símbolo do encontro
Belas Artes, Ernesto Geisel e escolas: prioridade é terminar obras paralisadas em Campo Grande, diz Adriane
Prefeita também destacou projetos a serem discutidos, como obras de viaduto na rotatória da Coca-Cola, na saída para São Paulo
Motorista que morreu carbonizado em acidente estava em zigue-zague na rodovia MS-276
Outros motorista tentaram tirar José de dentro do carro, mas ele estava preso nas ferragens
‘Cada vez melhor’, diz pai sobre criança internada com 1,1 mil picadas de abelhas no MS
O ataque ocorreu no dia 1º de dezembro
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.