O Governo Federal está negociando com os servidores o reajuste anual, com proposta de 9% em duas parcelas, para os próximos dois anos, sendo a primeira em maio/2025 e a segunda em maio de 2026. Mas para os servidores federais de Mato Grosso do Sul, a proposta do Governo não compensa.

Representante do Sintsep/MS (Sindicato dos Trabalhadores do serviço público federal em MS), Elio Araujo, explica que as negociações continuam, mas a proposta formalizada pelo Governo está aquém das necessidades da categoria.

Nesta semana, aconteceu a primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente no ano de 2024, com a apresentação da contraposta das entidades representativas de servidores públicos à proposta que havia sido entregue no final de 2023.

“A contraproposta apresentada pelos servidores é de reajuste de 10,34%, que é o necessário para suprir parte das perdas e com recomposição salarial. Para nós não compensa a proposta deles, por que fica de fora aposentados e pensionistas e não tem reajuste esse ano, só recomposição sem ganho real”, explica o representante do Sintsep/MS.

Ele afirma ainda que as perdas salariais dos servidores nos governos passados se aproxima de 29%.

Proposta federal e negociações

Também foi formalizada proposta, para este ano de 2024, de reajuste no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais); de aumento na assistência à saúde complementar per capita média (“auxílio-saúde”) de R$ 144,38 para em torno de R$ 215; e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90.

Sobre a proposta de reajuste geral de 9% escalonado nos próximos dois anos, o secretário de Relações de Trabalho, José Feijóo reforçou que “isso significa que no acumulado, quando considerados os 9% já concedidos em 2023, teremos um total acumulado de reajuste de 19,03%, o que para uma inflação projetada de 16% ao longo desses anos significará evidente ganho real”.  Já os aumentos nos auxílios são devido a “maior isonomia remuneratória ser preocupação central do governo”, afirmou Feijóo.