Dados do Censo Demográfico, coletados em 2022 e divulgados nesta sexta-feira (19) mostram que, em Mato Grosso do Sul, o principal escoamento sanitário em Territórios Quilombolas ainda é a fossa rudimentar ou o buraco, totalizando 39,66% das residências. Porém, acesso a rede geral somada à
fossa séptica chega a 60%.

Vale destacar que a pesquisa separa os dados por dois grupo que residem em Territórios Quilombolas:

  • 1 Domicílios particulares permanentes ocupados com destinação do esgoto para rede geral ou fossa séptica, ou fossa filtro, que correspondem a 60,34% dos domicílios particulares permanentes com pelo menos um morador quilombola;
  • 2 Domicílios particulares permanentes ocupados com destinação do esgoto para fossa rudimentar, buraco, vala, rio, córrego, mar ou outra forma, que são 39,66% dos domicílios particulares permanentes com pelo menos um morador quilombola.

A fossa rudimentar é basicamente um buraco feito no solo, para o qual se direcionam dejetos que não passam por tratamentos. Todo esse afluente que não é tratado irá infiltrar-se direto no solo e isso o contamina, assim como o lençol freático, aumentando os riscos da transmissão de doenças.

Acesso à fossa séptica ou fossa filtro

Conforme os dados da pesquisa, verifica-se que, enquanto a 72,44% população em geral está majoritariamente na situação de destinação do esgoto para rede geral somada à fossa séptica ou fossa filtro, entre os moradores quilombolas esta soma chega a 58,75%.

A principal destinação do esgoto nestes casos é para fossa rudimentar ou buraco, correspondendo a 40,89% dos moradores quilombolas, ou seja, 1.047 pessoas quilombolas.

A Fossa Séptica é um tratamento primário essencial de esgoto doméstico no qual é feita a separação e transformação da matéria sólida contida no esgoto.

Acesso à rede geral ou pluvial

Considerando a ligação do esgoto à rede geral ou pluvial, é possível aprofundar a análise dessa variável para pensar a situação de saneamento básico das pessoas quilombolas.

Diferentemente da situação encontrada na população residente, em que 50,36% dos domicílios particulares permanentes são ligados à rede geral, rede pluvial (diretamente ou por fossa ligada à rede), apenas 28,95% dos domicílios com pelo menos um morador quilombola têm ligação à rede geral, rede pluvial ou fossa ligada à rede, abarcando 685 pessoas quilombolas.

A rede pluvial se trata do conjunto de tubulações que visa levar os dejetos sanitários dos imóveis até as Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Por meio delas, escoam as águas residuárias que utilizamos em casa para tomar banho, lavar os pratos e dar descarga, bem como os rejeitos de estabelecimentos comerciais.

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