Em meio aos desafios enfrentados por indígenas no contexto de Mato Grosso do Sul, a Aldeia Urbana Inamaty Kaxé (Novo Dia), localizada no bairro Santa Mônica em Campo Grande, celebra 10 anos de existência. No fim de semana, cerca de 1,1 mil pessoas compareceram em evento de comemoração da comunidade.

Atualmente, 69 famílias da etnia Terena vivem na comunidade, as quais são originárias da região de Aquidauana.

Conforme divulgação, a celebração ocorreu no sábado (29) e no domingo (30), com realização de bingo, danças masculinas e femininas, entrega de certificados para caciques que já passaram pelo comunidade. A organização estima que, no primeiro dia, 600 pessoas prestigiaram o evento, enquanto 500 estiveram no segundo dia.

Em página das redes sociais da aldeia, a comunidade celebrou. “Caminhamos, em Busca de Uma Realidade, em busca de uma Conquista. O Começo Sempre será, árduo. Desistir Não está no Vocabulário, dos Bravos Guerreiros e Guerreiras, que Iniciaram Essa Jornada. Sem Deixar as Nossas Raízes Tradicionais Como Povos Originários”, escreveram.

Aldeias urbanas

No país, há cerca de 817.963 mil indígenas e aproximadamente 315.180 mil deles vivem em área urbana. Em Mato Grosso do Sul, segundo Estado com a maior população indígena do Brasil, esta relação é de 14.457 em áreas urbanas, com uma população de 73.295 indígenas, representando cerca de 3% da população do estado.

No Estado, há presença das etnias Atikum, Guarani, Guató, Kadiwéu, Kaiowá, Kiniquinau, Ofaié e Terena. Além disso, embora haja uma diversidade étnica, os Guarani-Kaiowá e Terena apresentam o maior número populacional indígena.

Campo Grande possui mais de 18,4 mil habitantes indígenas, segundo dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Violência contra povos indígenas

Mato Grosso do Sul registrou um terço das mortes de indígenas do país durante os conflitos no campo em 2022. Os dados foram apresentados no relatório da CPT (Comissão Pastoral da Terra) sobre as violências ocorridas no Brasil.

O número posiciona o Estado como o terceiro do país que mais registrou assassinatos decorrentes de conflitos no campo. A morte de indígenas no país representa 38% do total de óbitos em violências no campo, que totalizaram 47 pessoas assassinadas em 2022.

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