Em meio à baixa adesão do público-alvo, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande confirmou a devolução de 8 mil doses da vacina contra a dengue. A medida segue a recomendação do Ministério da Saúde, que visa evitar a perda das doses que vencem neste mês de abril.

“Foi uma solicitação do Ministério da Saúde aos Estados que receberam a primeira remessa. Essas doses serão enviadas a outros estados e municípios que ainda não receberam a vacina”, esclareceu a Sesau.

Desde o início da campanha de vacinação, 9.033 crianças entre 10 e 14 anos receberam o imunizante. Os números representam 15% do público-alvo. A cobertura é considerada abaixo do estimado, visto que o público é de 24 mil crianças.

Conforme a Sesau, a devolução não afeta o esquema vacinal de quem recebeu a primeira dose, ou seja, todos conseguirão tomar a segunda dose no prazo estipulado de 60 dias.

Vacina tem 80% de eficácia

Vacinação em Campo Grande. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga apresentou, nos ensaios clínicos, ter eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%. Segundo o laboratório Takeda, a vacina garante imunização contra a dengue por até cinco anos.

A vacinação em massa é desenvolvida pela Sems (Secretaria Municipal de Saúde), em parceria com o laboratório japonês Takeda, que desenvolveu a vacina Qdenga. O imunizante já está disponível na rede privada de saúde e tem imunidade completa em duas doses, sendo que a segunda deve ser aplicada após três meses da primeira.

Casos de Dengue

Aedes aegypti, transmissor da dengue (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Do dia 1º de janeiro a 19 de março deste ano, foram notificados 4.509 casos de dengue em Campo Grande. Até o momento, não houve a notificação de nenhum caso de zika e apenas cinco notificações por chikungunya.

Em todo o ano passado, a Capital registrou 17.033 notificações de dengue e seis óbitos provocados pela doença. Foram notificados, de janeiro a dezembro de 2023, 92 casos de zika e 176 de chikungunya.

A Capital fechou o segundo semestre do ano passado apresentando redução significativa nos casos de dengue, se comparado com o período anterior. O pico da doença foi registrado em abril, com mais de 3 mil casos notificados. A partir de junho, houve redução expressiva com estabilização nos meses seguintes.

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