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Cotidiano

Dois meses após morte de motoentregador atingido por Porsche, família amarga espera por laudo

Prazo inicial é de 30 dias, mas lei permite que seja prorrogado até que investigação seja encerrada
Aline Machado, Lucas Caxito -
Acidente que matou Hudson aconteceu no dia 24 de março (Foto do carro: Henrique Arakaki, Midiamax)

Mais de dois meses após a morte de Hudson de Oliveira Ferreira, a família aguarda a conclusão do laudo pericial dos veículos para que possam entrar com ação de pedido de pensão, já que o motoentregador era o principal provedor da família e morreu após ser atingido por um veículo Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro, no dia 22 de março.

Advogada da família da vítima, Janice Andrade, diz que o prazo era de 30 dias. Segundo ela, depois do período inicial ser ultrapassado, não houve resposta sobre as investigações.

“A impressão é de que parou. Não temos mais novidades. O laudo da velocidade está pendente e dependemos dele para entrarmos com ação de indenização com pedido liminar de pensão para as crianças menores e viúvas”, afirma.

Em entrevista ao Jornal Midiamax, a delegada Pricilla Anuda, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de – onde o caso é investigado -, explica que o prazo inicial é de 30 dias, no entanto, pode ser prorrogado até que a investigação seja concluída.

“O fato é que está demorando um pouco mais, mas está dentro do trâmite normal. Quando trata-se de investigação com indiciado solto, que é o nosso caso, o prazo de conclusão de um inquérito policial pelo Código de Processo Penal são 30 dias. Sendo que esses 30 dias podem ser renováveis até a investigação acabar”, esclarece.

Família passa por dificuldades

Enquanto espera pelo laudo, a família – que ainda sofre o luto pela morte de Hudson – precisa lidar com o desafio de manter o sustento da família. O motoentregador era quem mantinha a casa e com a morte dele, a principal fonte de renda também foi interrompida.

“Já tem dois meses que meu marido morreu. Fico indignada porque não foi tomada nenhuma providência e o motorista está livre e solto, com a vida normal, como se nada tivesse acontecido. A vida dele não foi afetada e a nossa está ficou abalada. Sem rumo”, lamenta Kelly Patrícia Ferreira Coelho, de 39 anos, que é viúva do motoentregador.

Arthur responde em liberdade pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, pois fugiu logo após o acidente na Rua Antônio Maria Coelho. Ele se apresentou na delegacia somente duas semanas depois por ‘achar que não era grave’ e pela pequena avaria em seu Porsche, veículo avaliado em aproximadamente R$ 1,2 milhão.

A reportagem do Jornal Midiamax também entrou em contato com a defesa do empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro, que conduzia no veículo Porsche que atingiu Hudson, no entanto, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.

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