Do Noroeste ao Caiobá, chuva deixa Campo Grande debaixo d’água e rastro de destruição

Ruas ficaram completamente alagadas e enxurrada invadiu casas e comércios, deixando moradores ilhados

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Alagamento no Caiobá e cratera no Noroeste (Fala Povo e Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

A chuva que caiu em vários bairros nesta quinta-feira (11) deixou Campo Grande debaixo d’água. Diversas ruas ficaram completamente alagadas com a enxurrada que passou e ainda deixou um rastro de destruição.

Um dos bairros mais atingidos pela chuva foi o Portal Caiobá. Dezenas de leitores denunciaram as condições das ruas do bairro que pareciam verdadeiros rios com a enxurrada. A água invadiu casas e comércios, danificando móveis.

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Rua alagada no Portal Caiobá (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A Rua Cachoeira do Campo, principal via de acesso ao bairro, foi tomada pela enxurrada, que chegava a formar ondas de tão intensa. Moradores ficaram ilhados e sem ter como sair do lugar por conta de tanta água.

“Nós moradores não aguentamos mais nos dias chuvosos. A falta de bueiros aqui na região é incrível; uns bueiros se encontram tampados por terras e é uma situação triste”, reclama uma moradora ao Jornal Midiamax.

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Sujeira ficou espalhada pelas ruas do Caiobá (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Muita água

Ela explica que a água desce da parte alta do bairro, como pela Rua Vélia Berti de Souza e Francisco Antônio de Souza, e deságua na rua principal, a Cachoeira do Campo Grande. “Nessas ruas passa a linha do ônibus; tem creche. A água chega a invadir casas de moradores”, complementa.

Nesta tarde, uma farmácia e uma casa de rações, além de residências, foram invadidas pela água. A água da enxurrada chegou a entrar dentro de um ônibus da linha 302, que encarava a água suja.

Além do Portal Caiobá, a chuva desta tarde atingiu vários bairros como Centro, Pioneiros, Danúbio Azul, Estrela Dalva, Bonança, Colúmbia, Jardim Noroeste, Santo Amaro e outros. Além dos problemas pela água, a Energisa informou que equipes trabalharam apenas em ocorrências pontuais devido à chuva em Campo Grande.

Centro

A área central e ruas próximas à Vila Carvalho foram tomadas pela água, que também entrou nos comércios. Na Avenida Calógeras com a Avenida Fernando Corrêa da Costa, o empresário Lucas da Silva Lacerda, que trabalha na região há 7 anos no setor de peças automotivas, contou ao Jornal Midiamax que o problema é recorrente no local.

“Toda vez que chove os comerciantes aqui passam por essa situação, os clientes não conseguem entrar nas lojas e a gente é prejudicado”, detalha.

Júlio César precisou ficar parado na frente da loja por quase 30 minutos até que a chuva desse uma trégua e ele pudesse estacionar e, assim, entrar no comércio. A força da enxurrada era muito grande, assim como o acúmulo de água. 

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Cratera no cruzamento das ruas Ataúlfo Paiva e Urupês. (Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

Jardim Noroeste

Outro ponto crítico em Campo Grande é o Jardim Noroeste. Ruas estão com crateras abertas oferecendo risco aos moradores. No local, a enxurrada e o alagamento já fazem parte da rotina.

As chuvas constantes abriram uma cratera no encontro das ruas Ataúlfo Paiva e Urupês, no Jardim Noroeste, e o ‘aguaceiro’ desta tarde piorou a situação. Curiosas, crianças se aproximam do local para ver tamanho do buraco enquanto terra continua cedendo.

Apesar de não ter asfalto, a região é movimentada porque fica perto de uma escola, tem residências e alguns comércios no entorno. Em conversa com moradores, o Jornal Midiamax constatou que o problema é antigo e só recebe “paliativos”, nunca solução definitiva.

Segundo eles, os buracos até são tampados vez ou outra, mas apenas com terra. Quando a chuva vem, a água leva tudo e o buraco acaba ficando pior que antes.

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