As chuvas constantes abriram no encontro das ruas Ataúlfo Paiva e Urupês, no Noroeste – região leste de -, e o “aguaceiro” da tarde desta quinta-feira (11) piorou a situação, colocando em risco moradores da região e quem passa pelo local. Curiosas, crianças se aproximam do local para ver tamanho do buraco enquanto terra continua cedendo.

Apesar de não ter asfalto, a região é movimentada porque fica perto de uma , tem residências e alguns comércios no entorno. Em conversa com moradores, o Jornal Midiamax constatou que o problema é antigo e só recebe “paliativos”, nunca solução definitiva. Segundo eles, os buracos até são tampados vez ou outra, mas apenas com terra. Quando a chuva vem, a água leva tudo e o buraco acaba ficando pior que antes.

Solução ineficaz

O pedreiro André Aquino, de 38 anos, mora no bairro há 7 anos. Ele conta que a cratera, assim como atoleiros e outros buracos são antigos conhecidos. “A forma que a prefeitura encontra de arrumar é só vir aqui e jogar mais terra. Não cascalha, não faz nada que efetivamente resolva o problema. Tem motorista que atola constantemente aqui. A gente se sente desamparado porque a prefeitura sabe do nosso problema e não resolve nada”, desabafa.

Emmily Thais, de 24 anos, também convive com esses problemas. Ela mora na região há 15 anos e afirma que, com o passar dos anos, a situação só piorou. “Aqui está muito precário, sem condições de andar por causa desses buracos. A gente pede e eles nem vem para não estragar os carros. Precisa asfaltar tudo”, compartilha. 

Convívio com lamaçal

(Ana Laura Menegat, Midiamax)

A moradora conta ainda que tem um filho de 4 anos que estuda em uma escola do bairro. Quando chove, a “dor de cabeça” é grande. Se a chuva começa antes do horário do menino ir para a aula, ela nem leva ele para a escola. Mas se começa depois, ela tenta pedir Uber para buscar a criança. No entanto, geralmente ela não consegue, por isso, ela acaba tendo que enfrentar o lamaçal para buscar o filho, já que não existe outra alternativa.

O também pedreiro José Silva, de 56 anos, que também é morador antigo do bairro, percebe que a situação tem mesmo se agravado com o passar do tempo. 

Ele mora na Rua Vassouras há 14 anos e conta que, na frente da casa dele, quando chove, a água desce e acaba empossando. “Antigamente essa rua era toda plana. Mas, como nunca asfaltaram, a terra vai cedendo e vai formando os buracos. Como a prefeitura só joga terra, não cascalha e não asfalta, vai ficando pior. Você percebe que a rua está cedendo”, analisa o morador.

Problema se repete em outros pontos do bairro

O jardineiro Luiz Felipe Andrade, de 22 anos, morador do Noroeste há 6, conta que a cratera aberta não é problema exclusivo deste ponto do ponto. Na Rua Ataúlfo tem outro buraco cujo problema é o mesmo registrado por nossa equipe de reportagem. 

“Esse outro buraco era ainda maior, tinha vez que nem caminhão passava na rua por causa dele. Aí vieram, jogaram um pouco de terra, mas a chuva veio e está aí o buraco de novo.  A gente reclama direto, mas eles só dão essas arrumadinhas que não resolvem”, finaliza.