De novo: Moradores do Nova Campo Grande reclamam do mau cheiro nesta segunda-feira

Ações pedindo providências já seguem em trâmite na Justiça

Karina Campos, Thalya Godoy – 27/05/2024 – 11:50

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Odor que vem de frigorífico afeta moradores do bairro. (Henrique Arakaki, Midiamax)
Odor que vem de frigorífico afeta moradores do bairro. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Mais uma vez, moradores do Nova Campo Grande reclamam do forte mau cheiro que exala por todo o bairro na manhã desta segunda-feira (27). Ações pedindo providências para o problema já seguem em trâmite na Justiça.

Thalya Antunes Maciel Monteiro, diz que foi obrigada a deixar a residência por conta do odor. “Está fedendo muito”, reclama. Outra moradora diz que o mau cheio começa no horário de almoço e não conseguiram fazer a refeição. “Não dá para comer ou tomar água sem sentir ânsia de vômito”, descreve.

Morador do bairro Bonança também relata que o cheiro incomoda nos bairros vizinhos. “Mesmo distante do curtume, o odor está vindo até aqui, onde reside a minha mãe, pois está muito forte o odor, considero poluição ambiental”, disse.

Não é a primeira vez que o frigorífico JBS S/A, localizado na Avenida Duque de Caxias é alvo de reclamações pelo forte cheiro. A unidade é a mesma que foi multada em R$ 100 mil pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), na última semana, em razão do mau cheiro.

Processos por indenização

Em março deste ano, o Jornal Midiamax publicou um material especial relatando que há 20 processos protocolados entre os dias 28 de fevereiro e 1º de março, pelo advogado Francisco das Chagas de Siqueira Júnior, do Escritório Siqueira & Biava Advogados. As ações pedem indenizações por danos morais ambientais combinados com dano material (perdas e danos) e obrigação de fazer.

O valor pedido varia de R$ 25 mil, R$ 50 mil, R$ 75 mil ou R$ 150 mil a depender da quantidade de pessoas que entraram contra o frigorífico no mesmo processo. Além disso, também é pedido indenização por desvalorização dos imóveis da região.

Em uma das ações, os advogados apontam que a unidade I da JBS S/A opera atividade potencialmente poluidora que gera “incômodo e aflição” nos moradores da região e os obriga a se trancar nos imóveis para fugir dos transtornos.

“Vale destacar, que o Frigorífico trabalha de forma ininterrupta (24 horas), lançando ao ar resíduos tóxicos de sua produção (queima de fornos) que, conforme a direção do vento é espalhada por todas as casas vizinhas num raio de diversos quarteirões, gerando diversos problemas (enjoo, náuseas etc.), e, não só pelos transtornos causados, mas também por medo, já que é altamente tóxico”, argumentam.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do frigorífico e aguarda um posicionamento.

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