Um aluno de 10 anos passou por constrangimento em uma escola municipal de Campo Grande, na última quarta-feira (28). A coordenadora ‘tomou’ R$ 10 que ele tinha ganhado do tio, após outro estudante relatar ter perdido dinheiro durante o recreio.
Conforme relato da mãe, que também procurou a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), os três filhos estudam na mesma escola e receberam do tio R$ 10 cada para comprar lanche.
“[…] na hora que estava na cantina para comprar a merenda, a coordenadora se aproximou dele e perguntou para ele onde que ele tinha tirado o dinheiro. Ele falou para ela que foi o tio que teria dado para eles, para cada um dos meninos. Ela não acreditou, perguntou para ele de novo; ele também afirmou de novo, falou para ela que poderia me ligar para confirmar. Ela, não acreditando, perguntou para ele de onde que ele tinha roubado o dinheiro”, conta ao Jornal Midiamax.
Tudo teria ocorrido após outro estudante relatar que perdeu dinheiro no momento do intervalo. A coordenadora só devolveu o dinheiro após o irmão mais velho da vítima confirmar a história. “Ela acusou meu filho de roubo dentro da escola, na frente da presença de todos os colegas dele”, diz a mãe.
Entretanto, a genitora relata que a perseguição com o aluno começou antes. “E uns dias antes, numa reunião que teve sobre o meu filho, ela falou que se meu filho continuasse do jeito que ele está, sem aprender a ler – ainda porque ele não sabe ler ainda direito – que o futuro dele seria ser um ladrão. Ela chamou meu filho de ladrão na escola”, conta à reportagem.
O caso foi registrado como ‘Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento’.
Prefeitura diz que capacita sobre comunicação não violenta
Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) afirma que ouviu e registrou em ata os dois lados, tanto da mãe quanto da coordenadora. A profissional assumiu a coordenação da unidade no início deste ano, após 15 anos como professora na unidade.
“A direção escolar informa já ter orientado a coordenadora sobre a intensidade da resolução das situações que podem gerar interpretações equivocadas. Além disso, a unidade capacita e também orienta a coordenação sobre comunicação não violenta”.
(Matéria atualizada às 12h59 para acréscimo do retorno da Semed)
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