A trégua para os incêndios florestais no Pantanal de Mato Grosso do Sul durou pouco. Foram apenas três dias sem registro de focos de queimadas ativos e, mesmo nesses dias, as equipes de brigadas não descansam, já que o monitoramento continua atento. Importante lembrar que o trimestre entre agosto e outubro é considerado o mais crítico do ano, devido às condições climáticas.

Boletim emitido pelo Governo do Estado, nesta terça-feira (13), afirma que já são 133 dias de combate às chamas na região do Pantanal e há focos ativos no momento. Quase 500 homens, entre Bombeiros, Força Nacional e brigadistas, estão atuando nos incêndios.

No Nabileque, divisa entre Bolívia e Mato Grosso do Sul, e nas proximidades da comunidade indígena Kadiwéu, os focos de calor que haviam desaparecido em decorrência das chuvas registradas na semana passada retornaram nesta segunda-feira (12).

As equipes de monitoramento permanecem atentas também a outras áreas que apresentam potenciais riscos de incêndios, incluindo a região do Forte Coimbra, onde um incêndio foi controlado na semana passado, porém, foram identificados novos focos de calor ativos.

1 milhão de hectares queimados

Desde o começo do ano até 6 de agosto, a área queimada no Pantanal de Mato Grosso do Sul chega a 1.089.600 hectares, o que representa aumento de 118% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 499,4 mil hectares – considerada até então, a pior temporada de incêndios no Pantanal de MS.

Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 5.400, ou seja, 47% a mais que no mesmo período de 2020, quando foram registrados 3.672, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais).