A greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) continua, agora com mais servidores públicos paralisados em todo o Estado. Segundo Mariuza Guimarães, presidenta da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), 68% já aderiram à greve, 3% a mais do que há 5 dias.

O movimento visa à recomposição salarial, ou seja, a correção dos salários conforme a inflação, além de melhorias nas condições de trabalho e na qualidade da educação pública.

Nesta terça-feira (21), a categoria se reúne para que a associação possa explicar a proposta mais recente do Governo e na quinta-feira (23) voltam a se encontrar em assembleia para uma votação que decidirá se aceitam, ou não, a proposta.

Proposta

A última proposta apresentada pelo Governo inclui aumentos escalonados de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, resultando em reajustes acumulados entre 12,8% e 16,11% até maio de 2026, dependendo da classe e do nível. Para 2024, nenhum aumento é previsto.

No entanto, a categoria aponta que o percentual não é linear e alguns níveis teriam reajustes muito abaixo dos 22,71% reivindicados. Há menções a mudanças na estrutura da carreira docente, incluindo a maior recomposição salarial de 31,2% para novos ingressos a partir de janeiro de 2025, mas com uma redução do número de steps na carreira.

“A proposta do governo é insuficiente, pois não contempla plenamente as demandas, especialmente a recomposição salarial para 2024. A negociação também envolveu tensões e críticas, especialmente em relação à postura do Proifes, que é visto como subserviente ao governo”, esclarecem em nota.

“O Andes-SN continua a exigir melhores condições, incluindo uma recomposição de 22,71% ao longo de três anos e melhorias na estrutura da carreira”, acrescentam.

Mais de 20 mil alunos afetados

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS. A paralisação das aulas depende de cada curso, mas os docentes não têm obrigação de aderir à greve.

Além disso, o reitor Marcelo Turine criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, assim como realizado com o movimento de greve dos servidores técnico-administrativos.

Desde o dia 14 de março, servidores técnico-administrativos da UFMS pararam as atividades em ação nacional.

Em nota, a UFMS informou que a greve é um direito constitucional e a adesão é individual. No entanto, a instituição esclareceu que não haverá suspensão do Calendário Acadêmico de 2024 pela reitoria.

A greve dos professores, iniciada em 1° de maio, ocorre nove anos após a última paralisação da categoria em Mato Grosso do Sul. O movimento grevista nacional recebeu adesão de 39 instituições federais em todo o país, conforme levantamento do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

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