Com mais de 2 mil focos de incêndio registrados em Corumbá, a garoa que caiu sobre a cidade no domingo (30) representou alívio e reforço no combate ao fogo que atinge a região.

Segundo equipe do Corpo de Bombeiros que atua na área, a garoa atingiu de 1 a 3 milímetros e teve mais volume na região da Nhecolândia e ao sul de Porto Murtinho.

Apesar da pouca quantidade de chuva registrada, o volume de água ajuda a aumentar a umidade da vegetação e favorece as estratégias de campo que continuam em toda a região.

De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em junho, Corumbá registrou 2.029 focos de incêndio, o que representa 74% do total registrado em todo o Estado, que soma 2.737 casos.

Corumbá é o município com mais queimadas acumuladas no país em junho, acompanhada por Porto Murtinho (324) e Poconé, no Mato Grosso (254).

Queimada registrada em Corumbá (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Ações de combate às queimadas

Os trabalhos de contenção dos focos seguem por terra, água e ar, tanto no combate como na prevenção. Conforme os registros, o foco mais preocupante é na região de Bodoquena, que fica a sudeste de Corumbá, próximo ao Retiro Margarida. No domingo as chamas ultrapassaram o aceiro ao redor e avançaram no sentido da área do Buraco das Piranhas, ao sul da BR-262.

A região Porto Sucuri concentra 20 militares, sendo sete bombeiros e 13 agentes da Força Nacional. Já na Maracangalha, Tamengo, Porto Rabicho e BR-262, seguem monitoradas. Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet cumpriram agenda em Corumbá.

As ministras e Eduardo Riedel realizaram uma reunião técnica para tratar sobre o Pantanal. Ao final da apresentação técnica, o governador fez requisições às ministras, por exemplo, de projeto no valor de R$ 50 milhões para combate aos incêndios.

Os governos estaduais decretaram a proibição definitiva de manejo de fogo até o final do ano, inclusive para atividades de renovação de pastagem. “Serão responsabilizados, nos termos da lei, qualquer incidente ou incêndio criminoso no Pantanal. Isso é tão importante quanto o orçamento”, expôs a ministra do Planejamento, Simone Tebet.