Anunciada pelo Governo de Mato Grosso do Sul como medida dentro do decreto de emergência ambiental, a queima prescrita está sendo realizada em regiões do Estado. Porém, devido às condições climáticas, a estratégia tem sido realizada em pequenos pedaços de terra e durante a noite.

Secretário executivo de Meio Ambiente do Governo de MS, Artur Falcette, explica que a queima prescrita começou pelo Parque Estadual Várzeas do Ivinhema e deve ocorrer, em breve, no Parque Estadual do Rio Negro e em uma propriedade particular localizada no Pantanal.

“A gente tem agido com muito cuidado e feito com bastante cautela essas operações por conta das condições que a gente tem no momento. Então, essas mesmas condições que podem desencadear um grande incêndio florestal estão presentes ali na hora que a gente está fazendo a queima prescrita”, afirma Falcette.

Para evitar problemas com incêndios descontrolados, a queima prescrita tem sido realizada de maneira bem restrita. No Parque do Ivinhema, por exemplo, foi feita a queima de um hectare por dia e durante a noite.

“E é uma operação que não dá pra gente querer acelerar e nem dar muita escala pra ela, porque com as condições que a gente tem, a gente pode acabar perdendo o controle”, explica o secretário executivo.

Queima prescrita deve ser realizada em 140 propriedades

Com a publicação do decreto de emergência ambiental em Mato Grosso do Sul, prevista para quarta-feira (10), a queima prescrita deve começar a ser realizada em propriedades rurais. Ao longo dos meses, 140 áreas devem passar pela técnica.

Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni explica que inicialmente seis propriedades serão notificadas sobre a queima prescrita, mas 140 propriedades foram identificadas com necessidade de passar pela técnica. No Pantanal de Mato Grosso do Sul existem 3.501 propriedades rurais.

O Governo do Estado afirma que a queima prescrita entra no Manejo Integrado do Fogo e é uma maneira de prevenir grandes incêndios florestais, principalmente na época mais crítica e de grande vulnerabilidade ambiental. Na prática, a queima será feita por decisão do Governo e com acompanhamento do Corpo de Bombeiros.