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Cotidiano

Com calor e tempo seco, Mato Grosso do Sul passa de 3 mil focos de queimadas em agosto

O recorde de agosto é 6,1 mil focos de queimadas, registrados em 2005
Priscilla Peres -
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(Foto: Divulgação, Polícia Científica)

O calor passou dos 39°C em no final de semana, enquanto a umidade relativa do ar chegou a 17%, clima ideal para que os incêndios florestais se propaguem. Foram mais de 570 focos de queimadas registrados no fim de semana em Mato Grosso do Sul, que supera os 3 mil focos em agosto.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que Mato Grosso do Sul soma 3.007 focos de queimadas até 18 de agosto, superando a média do mês. O recorde de agosto é 6,1 mil focos de queimadas, registrados em 2005.

Considerando ranking do Inpe, o Brasil lidera em número de focos de queimadas na América Latina, com 87 mil focos em 2024, sendo que a Venezuela, em segundo, apresenta 38 mil focos. Por estado, Mato Grosso tem registro de 16,4 mil focos de queimadas em 2024.

Mato Grosso do Sul aparece em 4º no ranking de 2024, com 8,4 mil focos de queimadas registrados. Porém, Corumbá lidera o ranking dos municípios, com 22% dos focos do país em 2024.

Eventos extremos constantes

Estiagem e incêndios florestais sempre fizeram parte da vida no Pantanal, mas as mudanças climáticas reduziram em 125 anos a ocorrência de eventos extremos. Artigo científico publicado recentemente no site World Weather Attribution revela ainda que as mudanças climáticas tornaram os incêndios 40% mais intensos no Pantanal.

A elaboração do artigo contou com pesquisadores brasileiros, holandeses, suecos e do Reino Unido. O texto aborda como as condições climáticas têm propiciado um aumento da quantidade e intensidade dos incêndios florestais no Pantanal, como vivenciamos em 2024. Desde junho, Mato Grosso do Sul atinge recordes em número de focos de queimadas.

O artigo confirma que os eventos extremos tinham chance de ocorrer uma vez a cada 160 anos, mas as mudanças climáticas fizeram a probabilidade desses eventos acontecerem cair de 160 anos para 35 anos. Além disso, tornaram 40% mais intensas as condições para que esses incêndios ocorram no Pantanal.

“Sem essas mudanças climáticas, eventos como esse, que a gente tem observado desde junho, aconteceriam um e a cada 160 anos. O aquecimento global fez com que as temperaturas aumentassem, refletindo na quantidade de chuvas que a gente observa no gráfico essa diminuição das chuvas”, explica o pesquisador da UFMS e analista ambiental do Ibama/Prevfogo, Alexandre Pereira.

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