Após quebrar o braço brincando em casa, uma criança de seis anos aguarda há cinco dias pela cirurgia no corredor do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande. A família diz que o procedimento foi remarcado pela segunda vez nesta segunda-feira (20).

A avó, Zilda Nogueira Alves, se revolta por outros casos passarem na frente. Foi instalada uma tala para suporte na fratura, entretanto, houve deslocamento do osso e uma cirurgia é essencial.

“Ela está no PAM (Pronto Atendimento Médico) pediátrico desde quinta-feira (16) e estamos desesperados. Outras crianças já foram para um quarto e até crianças mais velhas passaram na frente. Primeiro a cirurgia seria no sábado (18), depois seria hoje, agora, ficou para amanhã (21). Ela corre risco de infecção no corredor”, descreve.

Em nota, o Humap-UFMS/Ebserh informou que o hospital está superlotado, operando além da capacidade e que a “paciente está sendo acompanhada pela equipe médica de ortopedia do hospital e aguarda o procedimento cirúrgico. O procedimento foi cancelado porque chegaram casos urgentes e precisaram ser priorizados, no entanto, a equipe está se empenhando para realizar a cirurgia nessa semana”.

Lotação

No mês de abril, o hospital enfrentava superlotação na maternidade, chegando a ter 58 pacientes atendidos em leitos alternativos no corredor. Para evitar mais desgaste, a unidade pediu a redução de regulação, à época.

“A situação é subumana. As gestantes estão nos corredores, em macas, cadeiras de fio e mães que acabaram de ter bebê estão arriscando cair, se machucar, além da exposição e falta de privacidade para essas puérperas”, diz uma leitora que prefere não se identificar.

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