Os responsáveis que ainda não levaram as crianças menores de 5 anos para tomar as gotinhas imunizantes contra a poliomielite têm até esta sexta-feira (14) para comparecer a uma unidade de saúde de seu município.

Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), em Mato Grosso do Sul os números estão abaixo da meta definida pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. A cobertura vacinal na estratégia de rotina da doença é atualmente de 89,14% da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) e de 79,85% da VOP (Vacina Oral Poliomielite).

Para Frederico Jorge Pontes de Moraes, gerente de imunização da SES, “as pessoas pararam de ver crianças doentes e adultos com sequelas, o que deu a sensação de que a doença não existia mais, mesmo sem a vacinação, o que não é verdadeiro. Somente a vacinação contínua mantém o vírus erradicado”.

No Brasil não há casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, o país recebeu a certificação de área livre da circulação do poliovírus selvagem.

No entanto, desde 2016 os índices vacinais do país registram queda, o que fez com que o Brasil entrasse na lista da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) das nações que correm o risco da reintrodução do vírus da pólio.

Dia D teve baixa adesão

No último sábado (8), Mato Grosso do Sul recebeu o Dia ‘D’ de vacinação contra a poliomielite. No entanto, a adesão foi bem abaixo do esperado.

Apenas 12.542 doses dos imunizantes VOP (Vacina Oral Poliomielite) e VIP (Vacina Inativada Poliomielite) foram aplicadas no Estado.

Ao todo, tanto na vacinação de rotina, quanto na campanha do Ministério, o público-alvo no Estado compreende 205.080 crianças.

Destas, 40.300 são menores de 1 ano e 164.780 têm entre 1 e 4 anos.

Quem deve tomar a vacina?

A vacina contra a poliomielite está prevista no calendário do PNI (Programa Nacional de Imunizações) para todas as crianças menores de 5 anos. O esquema vacinal é de três doses da VIP aos dois, quatro e seis meses e dois reforços da VOP aos 15 meses e aos 4 anos.

Vale lembrar que mesmo as crianças com o esquema inicial e com as doses de reforço completos devem receber a vacina na campanha sazonal. Elas receberão uma dose da VOP (da gotinha). Crianças que não tiverem completado o esquema vacinal, receberão o imunizante injetável para concluí-lo.

Isso porque a criança só estará protegida contra a poliomielite quando completar o esquema de três doses da VIP, chamado esquema primário. As duas doses de reforço garantem o prolongamento dessa proteção, assim como as doses das campanhas sazonais.

Campanha de Vacinação

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite acontece anualmente nesta época do ano desde a década de 1980.

Ela não deve ser considerada excepcional, mas uma forma de reforçar a importância de mantermos a cobertura vacinal de 95% das crianças menores de cinco anos em todo o país, para evitar o risco de novos surtos da doença por aqui.

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