Campo Grande está com 107 medicamentos com estoque zerado, número que representa 40% do total catalogado no almoxarifado central do município. De 266 medicamentos, apenas 159 estão disponíveis, afirmou ao Jornal Midiamax o superintendente de Economia em Saúde Pública da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Danilo de Souza Vasconcelos.

A informação foi revelada durante audiência pública realizada na última quinta-feira (29) na Câmara Municipal. Entre os remédios desfalcados está dipirona em gotas, um dos mais comuns e receitados nos consultórios.

Desse modo, com o cenário de alta em casos de dengue, a falta gera ainda mais prejuízo, já que apenas dipirona e paracetamol são indicados pelo Ministério da Saúde para amenizar a dor e febre na ocorrência da doença.

O encontro foi proposto pela Comissão Permanente de Saúde da Casa de Leis para que a Sesau realizasse esclarecimentos sobre os atendimentos à população e a prestação de contas referente ao 3º quadrimestre do exercício financeiro de 2023.

Remédios em falta podem chegar no final de março

O superintendente enfatizou que dos 107 medicamentos em falta, 60 já estão em fase de finalização da entrega. Ele complementou afirmando que a maioria dos medicamentos em déficit estará de volta ao estoque dentro de 30 dias.

“Estamos atuando para repor esses medicamentos e 60 deles estão em fase de finalização da entrega. Entre eles, estão dipirona e antibióticos, que podem ser entregues em até 15 dias. Nós calculamos que dentro de 30 dias, 90% dos remédios do Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) serão entregues”, disse Danilo.

Desde janeiro, pacientes atendidos pela UBS (Unidade Básica de Saúde) do Nova Bahia relatam peregrinação por medicamentos básicos. Com remédios em falta na farmácia pública, os moradores são obrigados a “se virar nos 30” para não ficar sem o tratamento adequado.