Chuvas em Mato Grosso do Sul ficam abaixo da média histórica no início de dezembro

Campo Grande apresentou um acumulado máximo de 82,6 mm nos primeiros 15 dias do mês

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Chuva em Campo Grande (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Um estudo sobre a precipitação acumulada em Mato Grosso do Sul nos primeiros 15 dias de dezembro de 2024, realizado com base em diferentes fontes de dados, revelou discrepâncias importantes na distribuição das chuvas pelo estado. A análise combinou informações provenientes do produto Merge/Inpe (dados de satélite), estações meteorológicas do Inmet e Semadesc, além de pluviômetros automáticos do Cemaden e da ANA.

Conforme os dados do Merge/Inpe, representados na Figura 1, as regiões sul e sudeste do estado registraram os maiores acumulados de chuva no período, variando entre 160 mm e 240 mm. Em contrapartida, as regiões central e norte apresentaram volumes significativamente menores, oscilando entre 40 mm e 120 mm.

Essa distribuição indica uma concentração das chuvas no extremo sul do estado, enquanto áreas mais ao norte enfrentaram déficit hídrico nos primeiros dias de dezembro.

Chuvas acumuladas e comparativo com médias históricas

Os dados das estações meteorológicas e dos pluviômetros automáticos foram consolidados na Tabela 1 e mostraram que os municípios de Aral Moreira e Três Lagoas destacaram-se pelos maiores acumulados de chuva, com 429 mm e 324,8 mm, respectivamente.

Esses valores representam 137% e 70% acima da média histórica esperada para todo o mês de dezembro. Contudo, essa situação não se reflete na maioria das localidades analisadas, que seguem com volumes de chuva abaixo das médias históricas mensais.

Campo Grande apresentou um acumulado máximo de 82,6 mm nos primeiros 15 dias do mês, conforme registrado pelo pluviômetro automático do Cemaden. Esse volume está muito abaixo da média climatológica para dezembro, baseada nos dados históricos da estação do Inmet localizada na Embrapa Gado de Corte (período de 1981-2010).

De forma geral, todas as medições oficiais realizadas no município apontam precipitações inferiores ao esperado para o mês.

A irregularidade nas chuvas, aliada ao fato de que muitas localidades ainda enfrentam déficit hídrico, pode trazer desafios significativos para setores como agricultura e abastecimento de água, sobretudo em regiões mais afetadas pela baixa precipitação.

Apesar disso, os acumulados em alguns municípios pontuais superaram as médias históricas, como demonstra a figura:

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