Bioma símbolo do Brasil, Mata Atlântica está presente em atrativos de Mato Grosso do Sul

A Mata Atlântica é um símbolo da biodiversidade brasileira. O bioma tinha cobertura original de 15% do território do país, mas acabou devastado ao longo do tempo por estar presente nas encostas de 17 estados. Em Mato Grosso do Sul, 6,3 milhões de hectares são de Mata Atlântica.

Apesar da característica estadual ser o Cerrado, há muita Mata Atlântica por aqui, principalmente em regiões de preservação e turismo. A Serra da Bodoquena, por exemplo, que compreende cidades como Jardim, Bonito e Bodoquena, tem muitos atrativos dentro da Mata Atlântica.

A Gruta do Lago Azul é um monumento natural de Bonito, sob gestão estadual, e que está no bioma da Mata Atlântica. Perto dali, o Parque Nacional da Serra da Bodoquena é uma unidade de preservação da União, com 76,4 mil hectares, importante para a preservação do bioma.

“A vegetação de Bonito é bastante característica do cerradão, mas temos áreas significativas de Mata Atlântica naquela região”, afirma o gerente de Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes Palma.

Outras unidades de conservação em MS

Mato Grosso do Sul ainda abriga outras áreas de preservação da Mata Atlântica, como o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e a Área de Proteção Ambiental das Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, além de reservas particulares e parques municipais.

O Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema cobre área de 73.345,15 hectares localizados na Bacia do Rio Paraná, abrangendo os municípios de Jateí, Naviraí e Taquarussu. Nesse contexto, sua criação data de 1998 como a primeira Unidade de Conservação do Estado, fruto de medida compensatória pela formação do lago da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta.

Atualmente, o Parque tem estrutura para receber pesquisadores de várias áreas e está sendo adequado para receber visitação pública, sendo administrado pelo Imasul.

Dia da Mata Atlântica

No dia 27 de maio é comemorado o Dia da Mata Atlântica, instituído por decreto presidencial de setembro de 1999. A data tem origem nos primórdios da colonização europeia, refere-se à carta escrita pelo Padre Anchieta no dia 27 de maio de 1560, endereçada aos seus superiores, em que descreve em detalhes a exuberância da natureza que cercava a Vila de São Vicente, a primeira possessão portuguesa no Novo Mundo.

Após fazer a descrição das muitas espécies de mamíferos, insetos e répteis, na longa carta transformada em livro de 50 páginas intitulado Carta de São Vicente 1560 e publicado em 1997 pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o padre passa a detalhar um pouco da diversidade de aves que habitavam a região nessa época.