Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (6), advogado Thiago Neves de Almeida Vidal, que representa o dono de uma oficina mecânica, preso na última segunda-feira (4) após desentendimento comercial com uma cliente, negou que o empresário tenha aplicado golpe a uma autoridade policial.

Na manhã de hoje, a delegada de Polícia Civil, Joilce Ramos, disse ao Jornal Midiamax que foi vítima do dono da oficina em meados de 2023.

Ela contou que deixou o carro para que fossem feitas as trocas dos quatro pneus e alinhamento, no entanto, teriam cobrado mais R$ 2.500 em serviços ‘extras’ não autorizados.

Segundo a delegada, após recursar o serviço de cambagem, os funcionários não queriam descer o carro dela do ‘elevador’ e nem recolocar as rodas no veículo. “Tive de me apresentar como delegada para descerem meu carro”, relatou.

Em nota o advogado nega que o carro tenha sido deixado na oficina. “É inverídica a informação veiculada em alguns canais em que afirmam que a referida loja tentou aplicar golpe na delegada do caso, já que a mesma nunca levou seu veículo ao local”, afirma.

Prisão e reclamações de golpe

O dono de uma oficina mecânica, de 62 anos, foi preso pela polícia no início da tarde de segunda-feira (4) após um desentendimento com uma cliente, de 46 anos, em seu estabelecimento localizado no bairro Vilas Boas, em Campo Grande

A polícia foi acionada para atender a uma ocorrência de estelionato no estabelecimento. Ao chegar ao local, a vítima – acompanhada de advogada – informou que deixou seu carro para que fosse realizada troca de pneus, quando, em certo momento, houve um desentendimento comercial. 

As autoridades policiais verificaram o veículo e constataram que o mesmo estava com registro de busca e apreensão. Por isso, ele foi levado para a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Furtos e Roubos de Veículos).

Enquanto a equipe aguardava o guincho, o proprietário da oficina, alterado, tentou coagir a equipe dizendo que faria contato com um suposto coronel. Ele teria sido relutante em permitir a remoção do carro de forma pacífica.

Segundo apurado pela reportagem do Jornal Midiamax, o estabelecimento aplicava golpes em seus clientes há algum tempo. Centenas de consumidores relataram no site Reclame Aqui que era cobrado de R$ 3 mil a R$ 4 mil a mais para realizar a troca de pneus.

O cliente deixava o carro e saía do local para aguardar o conserto. Contudo, ao retornar para buscar o veículo, os funcionários alegavam que teria desempenado a roda e trocado amortecedor, por isso, a pessoa teria que pagar pelo serviço realizado. 

Diante dos fatos, o dono do estabelecimento foi preso e levado para a Depac-Cepol, onde prestou esclarecimentos.