Neste sábado (25), representantes de comunidades tradicionais e povos de terreiros de Dourados se reúnem em ato público contra as recentes demonstrações de intolerância religiosa feitas em comentários de internautas. O manifesto acontece no contexto das violações de túmulos em Ponta Porã.

A manifestação que acontece na principal praça de Dourados é uma continuidade de outras medidas que já foram adotadas pelas comunidades que se sentiram ofendidas nas redes sociais. Entres elas, está o pedido de abertura de uma notícia crime contra uma empresária da cidade.

“Devem ser os macumbeiros para fazer algum trabalho de destruição”, disse uma das mulheres. “(…) sim e ainda come carne humana”, comenta outra conta assinada por uma empresa e que logo em seguida foi apagada.

No pedido protocolado na PF (Polícia Federal), em Dourados, pelas advogadas Aline Cordeiro Pascoal Hoffman, Nathaly Conceição Munarini Otero e Renata Karolyne de Souza, duas internautas são acusadas prática dos crimes de vilipêndio religioso, racismo religioso, calúnia e difamação. A peça é assinada por sete comunidades.

“A gente precisa dar uma resposta efetiva para a sociedade de Dourados e um basta, porque a gente não aceita mais e não vai aceitar qualquer tipo de intolerância ou de racismo religioso que é praticado contra nossas comunidades”, comenta Naiara Fonteles, líder do Makota do Ilê Axé Megemulebaonã.