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Cotidiano

Após alagamentos, oficinas de Campo Grande têm procura por reparos que superam R$ 20 mil

Veículos danificados ao passar por trecho alagado, geralmente, têm problemas mecânicos e elétricos
Karina Campos -
motor
Danos variam de simples a perda total do motor (Ilustrativa, Henrique Arakaki, Midiamax)

Oficinas mecânicas de registraram aumento na procura de donos de veículos danificados após os temporais registrados na semana passada. O alagamento é apenas um dos problemas que causam prejuízos aos condutores que arriscam passar por trechos cobertos pela água. O motorista pode ter que desembolsar mais de R$ 20 mil para o conserto.

João Carlos Silva, da Mecânica Bom Jesus, diz que aconselha a todos os clientes a evitar passar por rua alagada, afinal, o risco ao veículo varia, o que vai da simplicidade de água no assoalho até a perda total do motor.

“Os problemas que mais são gerados são elétricos e mecânicos. Elétricos, são luz do ABS e injeção eletrônica. Já no mecânico, barulho de suspensão, freio, rolamento e calço hidráulico do motor (quando o motor pega água)”, revela.

Na oficina de João, a média para esses danos vai de R$ 500 a R$ 6 mil. O reparo difere conforme a relação do defeito gerado pela água. “Quanto mais danificado o carro estiver, mais caro irá ficar o conserto”.

Os entrevistados pelo Jornal Midiamax contam que há uma série de danos que o volume de água pode causar em um veículo, estragos que, às vezes, ficam mais caros que o próprio valor do carro.

Cleber Arce Vieira, da Oficina d’elas, tem aproximadamente 20 anos de experiência na mecânica. Ele conta que os danos também dependem da estrutura do carro, o ano e modelo.

“[Alagamento] causa um problema geral no veículo, dependendo da forma que a pessoa passar ela, pode até perder o motor entrando água nele. [Os problemas comuns] é muito relativo. Teve um caso da cliente perder totalmente o motor do carro e tem caso que tem fazer troca dos filtros, óleo, refazer parte elétrica… Caso ele perca o motor, que foi um caso que aconteceu. Aconselha-se a parar em local seguro e esperar passar, não tentar arriscar entrar água no motor, pois o prejuízo é grande, pode variar de R$ 15 a 20 mil”.

alagemento
Carro de luxo preso em alagamento intenso (Ilustrativa, Nathalia Alcântara, Midiamax)

Aliás, se engana quem acredita que os danos se limitam aos carros. Alexandre Ayabe, que atua há 10 anos na área, revela que as motos também estão sujeitas a perdas. A John-Ay Customs trata motos acima de 300 cilindradas.

“Trafegar em ruas alagadas gera uma série de danos ao equipamento da moto, principalmente no conjunto de rodas e transmissão, onde são itens de aço que acabam enferrujando por conta do excesso de água. A substituição desses itens são mais frequentes em épocas de chuva. Outro item que acaba sofrendo muitos danos com o excesso de água são os freios, onde o material é composto por metais ferrosos, e a água acaba deixando o material frágil, diminuindo a vida útil dos freios. O kit transmissão varia de R$ 699,99 até R$ 2.499,99… e pastilha de freio a partir de R$ 89,99”.

Outra desmistificação é que qualquer veículo pode sofrer danos diante de alto volume de chuva, desde os antigos aos novos e aos populares aos de luxo, segundo a equipe do Oficina Mecânica e Auto Center. A unidade informou que tem recebido clientes recorrentes aos casos de alagamentos.

“Sempre que tem chuva forte os problemas mais comuns são: mau funcionamento na parte eletrônica (injeção eletrônica) e sensores com defeito, entre outras coisas. Dependendo do modelo do carro, ano e dano, o [desembolso] vai de R$ 400 a R$ 1,2 mil”, descreve o mecânico.

Dicas em caso de alagamento

A recomendação é clara: Nunca passe por locais alagados. Caso for surpreendido, a dica é desligar o motor. O Jornal Midiamax tem um guia básico para indicações do que fazer em situações de alto volume na via.

“Forçar o motor na rua alagada pode causar o chamado calço hidráulico, que é a entrada de água no interior da câmara de combustão, impedindo o pistão de comprimir a mistura e causando o travamento, empeno ou ruptura de bielas e válvulas”, explica o mecânico Edgar Garcia.

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