Radiografia atualizada da gestão de lixo em Mato Grosso do Sul mostrou que apenas 43 municípios do Estado têm coleta de lixo seletivo. O resultado está na 2ª edição dos ‘Indicadores de Resíduos Sólidos nos municípios de MS’, do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de MS).

Foram coletados dados que permitem compreender o panorama atual, bem como identificar avanços e desafios enfrentados pelos municípios na implementação de políticas relacionadas à gestão de resíduos sólidos.

O estudo mostrou que apenas 54% dos municípios de MS (43 cidades) possuem iniciativas de coleta seletiva de resíduos recicláveis, evidenciando a urgência de ações para correção nesse aspecto. Outros 46% ainda não dispõem do serviço para a população.

Entre os desafios constatados pelo TCE está a necessidade de fomentar e expandir a cadeia da reciclagem, impulsionando a coleta seletiva, a estruturação e formalização das unidades de triagem e a recuperação de recicláveis, que são fundamentais para garantir a implementação eficiente da logística reversa das embalagens em geral.

Dos municípios que oferecem o serviço, 28% o realizam de forma direta com equipes próprias do
município, 33% são realizados de forma indireta, contratando terceiros para execução e 37% são realizados por Cooperativas/Associações de catadores, em parceria com a administração municipal.

Avanços

Conforme o TCE, desde a primeira edição lançada em 2016, os avanços alcançados pelos municípios na destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos foram significativos. A nova publicação revela que MS progrediu, saltando de 20% para 87% de seus municípios dispondo seus resíduos de forma adequada.

O Projeto alavancou a mudança em 53 dos 79 municípios do MS, representando um avanço de 67% neste cenário, maior do que o registrado para a região Centro-Oeste e para o país, nos 6 anos de intervenções no setor.